Porém, os cientistas que exploram as focas cinzentas e da Groenlândia no Ártico russo foram honrados pela “pesquisa notável” pela Academia Russa de Ciências.
Durante a Guerra Fria, os cientistas também exploraram golfinhos e baleias. Dmitry Ishkulov, vice-chefe do Instituto de Biologia Marinha Murmansk, disse: “Elas comem muito menos do que as baleias, é mais fácil cuidar delas e transportá-las e treiná-las”.
Para os exploradores, o uso de focas no Ártico é mais “fácil” do que o de os golfinhos, enquanto as baleias são vistas como “muito sensíveis”.
Inicialmente, as focas aprendem a permitir que as pessoas se aproximem delas e a transportar equipamentos. Elas são ensinadas a não temer diversos sons.
Em seguida, são selecionadas para tarefas específicas. O cientista Alexander Zaytsev declarou: “Nossa Buzya é treinada para trabalhar com mergulhadores, mas não a ensinamos a retirar suas máscaras de oxigênio. Ainda assim, se necessário, as focas podem ser usadas para agressões. Os dentes das focas não são piores do que os dos cães, suas garras têm de oito a 10 centímetros de comprimento”.
Algumas focas são adestradas para verificar as tubulações enquanto carregam câmeras nas costas e são consideradas úteis para detectar potenciais ataques terroristas.
Elas denunciam bolhas para que os reparos ocorram rapidamente. Para piorar os abusos, outras focas são treinadas para “destruir um inimigo”, possivelmente colocando explosivos em um navio de guerra. Outras são forçadas a detectar “objetos alienígenas na água”, incluindo localizar minas ou transportar ferramentas para os mergulhadores que realizam reparos subaquáticos.
Quando a União Soviética entrou em colapso, outros mamíferos subaquáticos eram forçados a trabalhar no Mar Negro. Entre eles, havia 62 golfinhos-nariz-de-garrafa, seis leões-marinhos, cerca de 10 focas e duas baleias brancas.
Vitaly Varganov, ex-diretor do Sevastopol military dolphinarium disse: “Mantivemos os animais trabalhando, seis golfinhos estavam de plantão diariamente”.
As focas conseguem memorizar comandos orais até mesmo depois de um ano sem treinamento e isso é usado como pretexto para sujeitá-las a uma vida miserável.
“Elas podem localizar minas e erguer objetos em águas profundas”, afirmou o Zvezda, um canal de TV financiado pelo Ministério de Defesa da Rússia.
Em 2017, o ministério começou a explorar cinco golfinhos-nariz-de- garrafa que possuem entre três e cinco anos, revela o Daily Star.
Os EUA também usam animais marinhos para procurar pessoas desaparecidas no mar, caçar minas e localizar e erguer objetos do fundo do mar. Putin reabriu antigas as bases militares soviéticas no Ártico e reivindica o direito de explorar recursos energéticos na região polar.