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Rompimento da barragem da Vale em Brumadinho (MG) destruiu centenas de hectares

7 de março de 2019
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Dados obtidos pelo Ibama por meio de imagens de satélite (Imagem: Divulgação)

Dados obtidos pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) por meio de imagens de satélite indicam que o rompimento de barragem da mineradora Vale em Brumadinho (MG) causou a destruição de pelo menos 269,84 hectares.

Análise realizada pelo Centro Nacional de Monitoramento e Informações Ambientais (Cenima) do Ibama aponta que os rejeitos de mineração devastaram 133,27 hectares de vegetação nativa de mata atlântica e 70,65 hectares de Áreas de Preservação Permanente (APP) ao longo de cursos d’água afetados pelos rejeitos de mineração.

A avaliação de impacto foi realizada no trecho da barragem da Mina Córrego do Feijão até a confluência com o Rio Paraopeba. Foram comparadas imagens de satélite obtidas dois dias após o rompimento com imagens de três a sete dias antes da catástrofe.

De acordo com a Fundação SOS Mata Atlântica, antes do rompimento da barragem da Vale, Brumadinho possuía 15.490 hectares de remanescentes de mata atlântica acima de três hectares, o equivalente a 830 campos de futebol. Agora será preciso lidar com as consequências para uma área que representa 24,22% do bioma original.

A fundação defende que o Brasil precisa de um licenciamento ambiental mais sério e eficiente do ponto de vista técnico, que considere a vocação da região, características do entorno e riscos para as comunidades locais.

A SOS Mata Atlântica enfatiza também que muitas barragens no Brasil estão em áreas de cabeceiras dos rios e, com isso, os deslizamentos podem afetar bacias inteiras, colocando em risco o meio ambiente e os serviços ambientais para a população.

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