O parlamento da Romênia aprovou a matança de quase 500 ursos este com a desculpa de que é para controlar a “superpopulação” da espécie protegida em acordo da União Europeia, após a morte de um andarilho.
O país abriga oito mil ursos-pardos, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente, a maior população da espécie na Europa fora da Rússia.
A nova lei autoriza que 481 ursos sejam mortos em 2024, mais que o dobro do total do ano passado, que foi de 220. Os legisladores dizem que a superpopulação de ursos levou a um aumento nos ataques, mas admitem que não vai ser a matança que impedirá reações da espécie no futuro.
ONGs pelos direitos animais denunciaram a medida. “A lei não resolve absolutamente nada”, disse Calin Ardelean, biólogo da World Wildlife Fund, argumentando que o foco deveria ser direcionado para “prevenção e intervenção” de ursos que sejam mais reativos.
De acordo com a WWF Romênia, as mortes não resolverão o problema, a menos que sejam implementadas medidas para manter os ursos afastados das comunidades, como uma melhor gestão de coleta de lixo, onde os ursos procuram por comida, ou impedir que as pessoas alimentem os animais.
Além disso, o país poderia seguir o exemplo da Itália que decidiu poupar da morte e transferir uma ursa, conhecida por ser reativa em encontros com humanos, para um santuário na Alemanha.