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Rodovia do MS com passagens subterrâneas será a mais "ecologicamente correta"

28 de outubro de 2010
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As obras, que acabam de ser licenciadas pela superintendência do Ibama em Mato Grosso do Sul, já estão em andamento. A ampliação da BR 262 cortará o Pantanal, num trecho que vai de Anastácio até Corumbá.

Foto: Ibama/MS

Até aqui, o órgão federal alega que esta rodovia será a mais “ecologicamente correta” dentro do estado do MS e a primeira do país a ter condicionantes estabelecidas pelo Núcleo de Licenciamento do Ibama/ MS.

Segundo o Ibama, vão ser feitas 100 passagens subterrâneas para os animais ao longo da pista, localizadas em trechos críticos, já estudados pelo biólogo Wagner Fisher, da UFMS. Elas também poderão ser ainda utilizadas pelos produtores rurais da região para manejo de seus rebanhos.

Calcula-se que, por ano, mais de 8 mil animais são atropelados nas rodovias de MS. Além dessas passagens – sinalizadas e com alambrados para direcionamento dos animais –, a rodovia terá recomposição total da vegetação ciliar com espécies nativas ao longo de todo o trecho em questão.

Outra “novidade” da rodovia será a sinalização. Além de redutores de velocidade, monitoramento especial da Polícia Rodoviária Federal (PRF), haverá placas informando que se trata de uma estrada ecológica, que atravessa um trecho especial de área de preservação permanente e um bioma específico, que precisa ser preservado.

Foto: Ibama/MS

Um trecho de 26 quilômetros, na região do Buraco das Piranhas, terá ainda cercas especiais com inclinação de 30 graus, para que os animais não atravessem a pista. O trecho normalmente é alagado e cheio de bichos por causa da presença da água. Ou seja, não dá para ter a tal passagem subterrânea. Serão instalados sinais sonoros e armadilhas fotográficas, que servirão para o monitoramento dos atropelamentos na pista e pesquisas no local.

Segundo David Lourenço, superintendente do Ibama em Mato Grosso do Sul, a rodovia será liberada para se tornar um laboratório de pesquisas para educadores ambientais e biólogos, já que ela corta o bioma Pantanal num trecho “quase totalmente preservado e que exige cuidados especiais”. Além disso, entre os condicionantes das construtoras, haverá recursos específicos para programas de educação ambiental, a serem implantados em toda essa região e dirigidos às comunidades locais.

Fonte: EPTV

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