Um rodeio que seria realizado neste fim de semana em Sobral, no Ceará, foi oficialmente cancelado após uma intensa e rápida mobilização de ativistas pelos direitos animais, com o apoio fundamental de órgãos públicos estaduais e municipais.
As manifestações começaram assim que a programação do evento, que incluía modalidades classificadas como “desafios” com animais, foi divulgada nas redes sociais. A repercussão foi imediata, gerando uma onda de repúdio liderada por organizações como a Federação de Proteção Animal e Meio Ambiente do Ceará (FEPAMA-CE), o Instituto Alex Paiva Seres Viventes (AISP), o Sinpatinhas e a Caomiada de Sobral.
Em nota de repúdio, a FEPAMA-CE destacou que práticas envolvendo bois, equinos e outros animais em situação de risco “não são cultura, nem diversão em família”, reforçando que, no século XXI, não há espaço para entretenimento fundamentado no sofrimento animal, especialmente em rodeios mirins, que envolvem crianças.
A pressão ganhou força após publicações do ativista Alex Paiva, que informou ter acionado a AMA (Agência Municipal do Meio Ambiente), a Secretaria de Proteção Animal do Ceará (SEPACE), além de entidades parceiras como a APA Fortaleza e o Fórum Animal. O deputado federal Célio Studart, reconhecido pela defesa da pauta animal, também mobilizou sua equipe para impedir a realização do evento.
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Segundo Paiva, foram solicitadas a apuração da documentação do rodeio, a interdição do espaço e a apreensão dos animais para checagem de vacinas e condições de bem-estar. A articulação conjunta resultou na intensificação das vistorias e, por fim, na decisão oficial de cancelamento, celebrada pelos ativistas.
“Aqui o único lado é o da proteção animal. Não iremos tolerar crueldade”, publicou Paiva nas redes sociais após a confirmação.
Os organizadores do rodeio ainda não se manifestaram publicamente sobre o cancelamento.