
Fiona é uma cachorrinha mexicana resgatada por maus-tratos. No resgate, os veterinários descobriram um câncer avançado em uma de suas patas, que acabou levando à amputação. Felizmente, a história de Fiona teve um final feliz: ganhou uma prótese 3D e voltou a andar normalmente.
Fiona não é a única a contar com a ajuda da robótica. Manuel Alejandro Lugo, engenheiro e professor na Universidade Politécnica de Sinaloa, desenvolve um projeto de criação de próteses para animais com uso da impressão 3D. A iniciativa acontece em parceria com o Centro de Bem-Estar Animal.
De acordo com Lugo, próteses como a de Fiona levam aproximadamente 15 horas para serem impressas. O trabalho prévio, feito com auxílio de veterinários, inclui medir as patas, a altura e largura dos ossos afetados e a criação do molde adequado para impressão.

Em seguida, são realizados os testes com os animais, como Fiona, e aperfeiçoados alguns detalhes, que vão desde o polimento da prótese até o desenvolvimento de uma cada antiderrapante para facilitar o seu uso. Todo esse processo tem custos.
“O desenvolvimento de próteses para animais deve ser uma realidade. Infelizmente, nós não temos verbas, compramos os materiais com nosso próprio dinheiro”, conta Lugo.
A intenção de Lugo e dos outros envolvidos no projeto é oferecer gratuitamente as próteses para os animais, mas com uma condição: aos tutores, se pede que, se, em algum momento, o animal deixar de usar a prótese, ela seja doada a outro animal ou devolvida à faculdade.

“Precisamos criar uma consciência nas pessoas, é muito difícil que cachorros com deficiência sejam adotados. E eles sofrem com isso, se deprimem. O projeto é para dar, aos animais, uma nova chance e, para as pessoas, a possibilidade de ter consciência e adotá-los”, completa Lugo.