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Risco de morte de animais e fugas aumenta durante as datas comemorativas e campeonatos de futebol

22 de agosto de 2015
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Divulgação
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Eles tinham um cachorro e durante a virada do ano o levaram para a varanda aberta da casa, o animal ficou na coleira enquanto os fogos estouravam e, assustado, tentou correr; só que, como não conseguiu romper a coleira, ficou pendurado na sacada e morreu asfixiado.” Relata G.S. sobre seus vizinhos.
Ano Novo, Natal, Copa do Mundo e finais de campeonatos de futebol em geral; só festa, uma cervejinha e muito barulho, não é mesmo? Mas você sabia que é justamente nessa época do ano que o desaparecimento de animais aumenta? Se você tem cachorro em casa já deve saber como o pobre animal é afetado pelo barulho estrondoso dos fogos de artifício e demais barulhos acima do normal.
Segundo os veterinários, e até mesmo relatos de tutores, o barulho excessivo pode acarretar no animal: palpitações, taquicardia, tremores, sensação de insuficiência respiratória e náuseas.
Sávio é estudante universitário e explica o caso do seu cachorro, Trevo, um Pinscher: “durante a Copa do Mundo levei o Trevo para passear, para que ele se acalmasse, mas os fogos eram constantes e isso o deixou muito estressado. Quando o levei para uma volta na orla da cidade, no último jogo do Brasil, ele chegou até mesmo a fugir; o barulho o deixou assustado demais e eu precisei correr atrás dele para evitar um acidente maior”, relata.
Os perigos mais comuns diante dos fogos de artifício são os de fugas, mortes (por enforcamento com a coleira, bater a cabeça em portas ou cair de janelas), ferimentos ao brincar com rojões, traumas psicológicos, ataques ao ser humano, briga com outros animais, afogamento em piscinas, paradas cardiorrespiratórias, convulsões e etc.
Está previsto na Lei nº9605/98, Lei de Crimes Ambientais, art. 54 […] que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora. A pena para este tipo de crime é de reclusão de um a quatro anos mais a multa; se o crime for culposo, quando não há intenção, a pena varia de seis meses e um ano, mais a multa.
Algumas das dicas para proteger o animal do barulho e evitar fugas (ou lidar com elas quando ocorrerem) são as seguintes:
Medalha de identificação: elas aumentam em 90% as chances do animal ser encontrado, podem ser colocadas nos pingentes e servir para norteio de quem encontrar o animal.
Um ambiente seguro também é importante, basta manter o animal longe de piscinas, janelas e em locais baixos, qualquer local que possa sugerir perigo ao animal deve ser avaliado pelo tutor antes das festividades.
Não é recomendado deixar os animais soltos nos quintais, os locais abertos representam perigo e deixam o animal mais suscetível ao barulho incômodo.
Deixar o animal amarrado ou preso à coleira também é perigoso, ele pode facilmente se enforcar por causa do susto que levar e morrer agonizando, isso certamente é algo triste para um animal, então busque deixá-lo dentro de casa e transmitir calma ao ambiente dentro do possível.
Alguns animais estão sendo medicados; conversar com o veterinário é sempre uma boa ideia para essas ocasiões onde o barulho já é esperado, sedar o animal é a saída que muitos donos vêm tomando recentemente.
Fonte: Jornal do Dia

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