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HABITATS ARTIFICIAIS

Risco crítico de extinção: ativistas lutam pelo fim da exploração de ursos-polares em zoos

Para ambientalistas, emissões de carbono necessárias para manter animais, além do estresse a que são submetidos, acaba prejudicando os ursos e o habitat deles, o mais atingido pelas mudanças climáticas

6 de março de 2023
2 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

Uma fundação europeia está convocando políticos a apoiarem a proibição total a zoológicos de manterem ursos-polares em cativeiro. A Born Free argumenta que, além do estresse a que os animais são submetidos fora de seu habitat, a energia e os gastos envolvidos para manter os ursos em cativeiro acaba gerando emissões de carbono que prejudicam os cantos gelados da Terra onde a espécie luta para sobreviver.

Na Europa, são cerca de 151 ursos polares mantidos em cativeiros por zoológicos, aponta o jornal The Independent.

Zoológicos e parques frequentemente argumentam que seu trabalho ajuda a salvar as espécies, principalmente à medida que as mudanças climáticas prejudicam habitats do planeta.

Porém, relatório da Born Free afirma que a maioria dos recintos para ursos em zoológicos europeus é feita de concreto, cuja produção é responsável por pelo menos 8% das emissões globais de gases de efeito estufa, e aço, que contribui com outros 8%.

Além disso, as jaulas para ursos polares normalmente possuem sistema de filtragem ou purificação de água e equipamentos industriais para mantê-las resfriadas por dentro – usando grandes quantidades de energia 24 horas por dia, resultando em uma alta pegada de carbono.

O relatório, Born to Roam: The Suffering of Polar Bears in Zoos, também cita o uso de combustível para colheita e entrega de comida aos animais, refrigeração e transporte, serviços de eliminação de resíduos e uso de combustível pelos visitantes como agravantes no cálculo do uso de energia e emissões de gases de efeito estufa envolvidos na manutenção destes animais em cativeiro.

A diminuição das calotas polares, especialmente no Ártico, vem diminuindo a oferta de comida aos ursos-polares na natureza, o que ameaça a espécie. Segundo os ambientalistas, manter esses animais livres é a melhor maneira de ajudá-los, uma vez que gerar emissões vai impactar justamente nos ecossistemas de origem deles.

Acostumados a percorrerem longas distâncias, os ursos-polares confinados, por maior que sejam seus espaços nos zoológicos, vivem como “seres humanos em guarda-roupas”, afirma a Born Free.

Os zoológicos ouvidos pela reportagem afirmaram que os animais recebem tratamento e alimentação de qualidade nas instalações europeias.

Fonte: Um Só Planeta

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