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CRISE HÍDRICA

Rio Paraguai sinaliza recuperação, dando fôlego para o Pantanal em 2024

Chuva na região causa efeito na bacia, mas, apesar da recuperação, níveis ainda estão abaixo do esperado para esta época do ano

1 de novembro de 2024
Redação Um Só Planeta
4 min. de leitura
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Foto: Daniel De Granville/SGB

Monitoramento feito pelo SGB (serviço Geológico do Brasil) indica que os rios do Pantanal vêm mostrando uma recuperação após um inverno de seca extrema. O período de vazante, ou seja, de baixa no nível do rio, pode estar próximo do fim na Bacia do Rio Paraguai, afirma boletim publicado nesta quinta-feira (31/10).

Houve elevação no nível da maioria das estações no bioma, aponta o SGB. Em Ladário (MS), o rio subiu 18 centímetros em uma semana e chegou à marca de -41 centímetros. Apesar da recuperação, ainda está abaixo do esperado para esta época do ano, que seria de 1,58 metro.

“Na última semana, choveu 31 milímetros na bacia e já é possível observar uma resposta em quase todos os afluentes;”, afirma Marcus Suassuna, pesquisador do SGB. “Por exemplo, no Alto Paraguai, em Cáceres (MT), que oferece uma das maiores contribuições em termos de vazão de rios, temos previsões de chuva para as próximas semanas, portanto as subidas devem se consolidar.”

Em Cáceres, o Rio Paraguai está na cota de 1,01 metro.

De acordo com as projeções do SGB, é esperado um acumulado de 79 milímetros de chuvas para os próximos 15 dias. Diante desse cenário, as análises indicam que o rio deve superar a cota de 10 centímetros em Ladário a partir da primeira quinzena de dezembro, ultrapassando assim o patamar definido com base para caracterizar o cenário de seca hidrológica.

Ano de índices negativos

A Bacia do Rio Paraguai registrou mínimas históricas em diversas estações neste ano, confirmando 2024 como um dos anos mais secos da história para o Pantanal. Ladário (MS), que é a estação de referência, chegou à cota de -69 centímetros, a menor registrada nos últimos 124 anos.

Em Barra do Bugres (MT), o rio chegou a 22 centímetros. Essa marca está 6 centímetros abaixo da segunda mínima histórica, registrada em 1968. Em Porto Murtinho (MS), a cota chegou a 53 centímetros, superando a mínima anterior, de 73 centímetros em 1971.

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