A Prefeitura do Rio de Janeiro lança nesta quarta-feira (21) a campanha “O macaco não é só vítima, mas um grande aliado no combate à febre amarela”. O primeiro local de divulgação será no Parque da Catacumba, na zona Sul da cidade.
A subsecretária de Vigilância Sanitária do Rio Márcia Rolim afirma que apenas este ano 170 macacos fora encontrados sem vida no município, enquanto 325 foram encontrados em todo o estado. Segundo ela, mais de 50% dos animais foram mortos covardemente por humanos.
“E o número aumentou. Só nesta última semana foram encontrados mortos 40 macacos. É um absurdo que em 50 dias mais de 300 animais tenham sido mortos. O macaco é um importante bloqueio para a febre amarela. Eles nos protegem inconscientemente e nós, humanos, o matamos conscientemente”, disse Márcia em entrevista ao G1.
Ela alerta ainda que assassinar os animais pode ser um “tiro no pé”, pois sem a presença dos animais para alertar as zonas de contágio, os mosquitos irão direto nos seres humanos. Ela lembrar também, que matar animais silvestres é crime ambiental e pode gerar além de multa, um ano de detenção.
Macacos têm que morrer em prol dos humanos?
Absolutamente não. E uma iniciativa do grupo Um Sonho de Bugio em SP é a prova disso. Voluntários e membros da iniciativa recorreram à homeopatia para salvar animais contaminados pela doença. Todos os medicamentos utilizados no tratamento foram doados pela Sigo Homeopatia Veterinária.
Além de tratar macacos doentes, o projeto, que conta com a ajuda de mais de 100 pessoas, também atua combatendo focos de reprodução dos mosquitos hospedeiros do vírus.