Em breve o município do Rio de Janeiro terá seu primeiro hospital veterinário público. O anúncio foi feito por Vinícius Cordeiro, secretário municipal de proteção e defesa dos animais, em audiência pública que foi promovida pela comissão especial de saúde animal da câmara do Rio, onde também estavam presentes a vereadora Mônica Benício e Luiz Ramos Filho, também vereador.
O município do Rio não tem até hoje um serviço de atendimento animal gratuito e com atendimento 24 horas. Por isso, o vereador e presidente da Comissão, Dr. Marcos Paulo (PSOL) diz que a construção do hospital é um passo importante para resolver essa dívida histórica com o povo carioca.
Para isso, a comissão esteve em São Paulo e trouxe como experiência o exemplo dos hospitais veterinários públicos de lá. São Paulo tem hoje 3 unidades deste tipo, ao contrário do Rio, que só em 2022 irá finalmente ter esse tipo de atendimento. O presidente da comissão acrescenta que os protetores animais e os abrigos desenvolvem um trabalho que é uma obrigação do poder público.
Durante a audiência também foi abordada a questão da castração permanente de cães e gatos. O planejamento estratégico da prefeitura prevê, segundo o secretário Vinícius Cordeiro, um aumento de 60% no número de animais castrados pelos próximos 3 anos, acontecendo de forma gradativa. Além do aumento, a prefeitura planeja a construção de mais dois postos de castração, sendo um em Jacarepaguá e outro no entorno da Pavuna.
Segundo o portal O DIA, o município do Rio de Janeiro estava desde 2018 sem realizar ampla vacinação contra raiva, mas começou uma campanha na semana passada. O número de vacinados até agora é de 56 mil cães e gatos, de acordo com Kemle Rocha Miranda, coordenadora de Vigilância de Zoonoses, que acrescenta que a meta é imunizar 600 mil animais.
Em reunião na câmara de vereadores semana passada, o secretário municipal de fazenda, Pedro Paulo, anunciou o interesse de extinguir fundos municipais sem atividade. Por isso, o vereador Dr. Marcos Paulo cobrou durante a audiência desta terça a questão da manutenção do Fundo de Saúde Animal. O presidente da comissão destaca a importância desse fundo para protetores animais em questão de vulnerabilidade, por exemplo, e defende a continuação do mesmo.
Outras duas importantes ações foram realizadas nesta segunda. Uma lei, que é de autoria do Dr. Marcos Paulo, torna obrigação da prefeitura a distribuição de ração aos animais das ONGs e protetoras cadastradas. Além desta lei, a regulamentação da lei de necessidade de chipar e cadastrar o registro RGA dos animais que estão na rua e em colônias, algo que é fundamental para a realização de um Censo animal, e também para evitar o abandono.
