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Rio de Janeiro ganhará até setembro hospital veterinário público gratuito e com serviço de internação para cães e gatos

11 de abril de 2024
3 min. de leitura
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Foto: Ilustração | Freepik

O prédio de nove andares na Rua Hannibal Porto, 450, em Irajá, na Zona Norte, que foi ocupado no passado por uma concessionária de telefonia, vai abrigar em seu andar térreo o novo hospital público municipal veterinário da cidade. A unidade com atendimento gratuito e previsão de abertura até setembro contará com centro cirúrgico e serviço de internação para cães e gatos.

Atualmente, a população conta com o instituto Jorge Vaistman, na Mangueira, e o centro de Controle de Zoonoses, em Santa Cruz, que possui um hospital veterinário em funcionamento desde fevereiro do ano passado. Há também a opção de atendimento nos postos veterinários dos bairros. Essas unidades atendem boa parte da demanda da cidade, mas não oferecem o serviço de internação.

As da Mangueira e de Santa Cruz atendem até cerca de 80 animais, por dia. A expectativa da prefeitura, com a nova unidade é ampliar a capacidade de atendimento. A adaptação das instalações para receber o hospital veterinário não terá custo para o município, já que ficará por conta da construtora que doou o prédio, como contrapartida para obtenção de licenciamento de empreendimentos residenciais na Zona Norte.

“Era um sonho ter um hospital de ponta e que vai ser o melhor hospital veterinário do Brasil”, prometeu o prefeito Eduardo Paes.

Para o vereador Luiz Ramos Filho (PSD), presidente da Comissão de Defesa dos Animais da Câmara do Rio, a gratuidade é um dos principais benefícios para a população de baixa renda. Isso porque apesar de oferecer alguns serviços gratuitos, outros são pagos nas unidades que já estão em funcionamento em Mangueira e Santa Cruz.

“Tanto o CCZ quanto o Jorge Vaitsman cobram valores populares pelos serviços. Não são valores altos, mas muita gente não pode pagar. E este hospital vai atender. Outra demanda nossa é que serviços no CCZ e no Jorge Vaitsman passem a ser gratuitos, porque, após a pandemia, muita gente perdeu renda e não têm como tratar seus animais. Acredito que esta nova unidade vá atender a uma boa parte dos animais das redondezas”, diz o parlamentar.

A unidade vai ocupar uma área de cerca de 790 metros quadrados. O projeto prevê ainda ambulatórios, consultórios, sala de raio X, enfermarias, área para farmácia, laboratório, administração, refeitório e vestiários de funcionários, todos no primeiro andar. A ocupação dos outros andares ainda vai ser definida pela prefeitura.

O prédio de nove andares onde será instalado o hospital veterinário foi cedido ao município pela Cury Construtora como contrapartida de licenças de obras de quatro conjuntos residenciais na mesma região. A lei urbanística da cidade prevê que licenças para construção de grupamentos, ou seja, condomínios com mais de 500 unidades residenciais, devem ter a contrapartida de doação de terreno por parte da construtora responsável para instalação de equipamento público.

Com processos de licença em andamento para construção de unidades residenciais na região, a empresa optou por suprir a exigência repassando para a prefeitura um prédio já construído, em vez de um lote.

Fonte: O Globo

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