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CAÇA

Rinocerontes-negros ameaçados de extinção aumentam enquanto outras espécies entram em declínio

11 de agosto de 2025
Filipe Pimentel Rações
2 min. de leitura
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Foto: Lucas Alexander / Wikimedia Commons

O número de rinocerontes-negros (Diceros bicornis) em África, o único continente onde existem, aumentou ligeiramente de 6,195 para 6.788, de acordo com as estimativas mais recentes avançadas esta semana pela organização International Rhino Foundation.

Apesar de boas notícias para essa espécie criticamente em perigo de extinção, outras não estão a ter a mesma sorte. Segundo a mesma fonte, o número de rinocerontes-brancos (Ceratotherium simum) sofreu uma queda de 15.942 indivíduos para 15.752 desde 2021, e os rinocerontes-de-java (Rhinoceros sondaicus) são agora 50, face aos 76 do último levantamento populacional feito.

Num cenário menos ominoso, o número de rinocerontes-de-sumatra (Dicerorhinus sumatrensis) manteve-se praticamente inalterado desde as últimas estimativas de 2022 e para os rinocerontes-indianos (Rhinoceros unicornis) registou-se um aumento tímido dos 4.014 para os 4.075 indivíduos.

No total, estima-se que haja no mundo aproximadamente 26.700 rinocerontes a viverem na Natureza (não estão incluídos os animais que vivem em parques zoológicos). Três das cinco espécies de rinocerontes que ainda existem (rinoceronte-negro, rinoceronte-de-java e rinoceronte-de-sumatra) estão classificados como “Criticamente em perigo” na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza.

O rinoceronte-branco está classificado como “Quase ameaçado” e o rinoceronte-indiano como “Vulnerável”.

Nina Fascione, diretora-executiva da International Rhino Foundation, diz, em nota, que os números são bons para umas espécies e maus para outras, mas salienta que, no final de contas e olhando para panorama geral, “a maioria dos rinocerontes ainda está a ser perigosamente ameaçada pela caça furtiva”.

“Para realmente salvar os rinocerontes, temos de acabar com a crise da caça furtiva e melhorar a gestão biológica para fortalecer as populações individuais”, sublinha.

A organização aponta que uma das suas maiores preocupações é que se está a passar na África do Sul, o país onde está concentrada a maioria dos rinocerontes. Esse foi o único país africano com rinocerontes-brancos cuja população diminuiu por causa da caça furtiva.

O relatório chama também a atenção para a pressão provocada pelo comércio e o tráfico de chifres desses animais, destacando a consolidação de uma rota de tráfico entre a Mongólia e África do Sul e o crescimento do Qatar como um foco do comércio ilegal desses produtos.

Fonte: Greensavers

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