Por Camila Arvoredo (da Redação)
O presidente equatoriano, Rafael Correa, deseja proibir os espetáculos que impliquem na morte de animais, incluindo as rinhas de galo e as “corridas”.
“Vamos, pata negra”! gritam os espectadores de uma rinha de galos em Quito, no Equador, onde a paixão pelos combates de galos se manchou há algumas semanas, face ao medo de que a legislação proibiria a morte destes animais pelo combate em rinhas, afirma a AFP.
Cada primeira semana do mês, dezenas de criadores e espectadores sádicos se ajuntam no bairro popular de Los Revuelos para passar a noite, onde os dois melhores criadores ganharam em média 1.600 dólares.
O presidente assegura que as rinhas não serão proibidas, “mas ele proibirá a morte dos animais”, uma proposição julgada como absurda pelos amantes dos espetáculos cruéis.
Os opositores das rinhas denunciam que a crueldade extrema destes espetáculos estimula a violência.
Francisco Rojas, um explorador, previne que os combates vão continuar, porém na clandestinidade, como ocorre no caso dos Estados Unidos, onde ele viveu e onde ele assegura ter assistido a duelos de mais de 100.000 dólares.
“Isto nunca vai acabar. Precisaria que eles preparassem todo o exército e a polícia até eliminar o último galo, pois enquanto houver galos, haverá rinhas, pois isso está na natureza”, ameaça ele.