Para o espanto dos defensores dos animais, a África está emergindo como uma nova zona de caça e entretenimento para a elite da China. Vários ricaços do país asiático têm gasto cerca de R$ 229 mil para caçar espécies inclusive ameaçadas, como os rinocerontes africanos.
Para quem não estiver satisfeito com o “entretenimento” de fim de semana, é possível pagar ainda uma taxa extra para fazer taxidermia e levar o animal de volta para casa já empalhado como troféu e mostrar aos amigos.
Países como Tunísia, África do Sul e Quênia são conhecidos por terem algumas das variedades mais raras de animais selvagens. Recentemente, eles estão se firmando como verdadeiros playgrounds para caçadores chineses ricos. A novidade, contudo, é que países como o Canadá começam a entrar na lista.
A nova “indústria” dá sinais de prosperidade. Em torno do negócio, agências de viagens e operadoras de turismo se multiplicam com pacotes especiais para este público emergente, acostumado a caçar javalis e faisões na China.
Os caçadores buscam expandir suas façanhas e miram o grupo conhecido como os “big five” (cinco maiores) animais: rinocerontes, girafas, leopardos, búfalos e leões.
As despesas diferem de animal para animal. No “cardápio” das agências, noticiou o site Born Rich, um rinoceronte custa R$ R$ 229 mil, uma girafa, R$ 5,4 mil, um leopardo, R$ 87,3 mil. No caso de um leão, uma fêmea sai a R$ 27,3 mil e um macho, R$ 91 mil.
O perfil do cliente não poderia ser mais óbvio: homens entre 40 e 50 anos, muito ricos, que gostam de andar em grandes utilitários e afirmam “amar” a caça aos animais selvagens. Oficiais, empresários do ramo imobiliário e veteranos militares também teriam participado dos grupos turísticos.
Segundo a “New Weekly”, um cidadão americano chamado Lubin (nome em chinês) fundou o clube de caça 52safari para organizar expedições. A primeira turnê guiada de Lubin foi à África do Sul. Desde então, as atividades do grupo têm se expandido, conforme a caça tem se tornado mais popular na China. O clube tornou-se a agência de caças mais procurada entre os clientes chineses e trabalha com muitas agências de viagens. Segundo o empresário, a maioria das pessoas no seu clube de caça é formada por “estreantes”, que matam, em média, de três a oito animais de grande porte em uma viagem. Quase nada.
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Fonte: Surgiu