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Revoltados, moradores protestam contra morte de cão mutilado em GO

26 de julho de 2014
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Moradores de Pires do Rio, no sudeste de Goiás, fizeram um protesto para pedir punição para o responsável de cortar as patas traseiras de um cachorro na cidade. O animal não resistiu e morreu. A Polícia Civil investiga a mutilação e identificou um suspeito, que prestou depoimento e foi liberado. Para a população, o caso não pode passar impune. “A única coisa que esperamos é Justiça, pois existem leis de proteção aos animais que devem ser cumpridas. Estamos revoltados”, disse a bancária Iranete Divina Rosa.

O crime aconteceu no último dia 14 deste mês, mas só foi registrado na delegacia da cidade na terça-feira (22). Segundo informações da Polícia Militar, o cão foi encontrado se arrastando, sem as patas, pelo quintal da casa do tutor, que acionou a corporação.

De acordo com os policiais militares que atenderam a ocorrência, no dia em que o animal foi encontrado ferido, um homem solicitou ajuda da PM afirmando que tinha chegado em casa após o trabalho e se deparado com o cão agredido. O homem afirmou que criava o cachorro e não sabia quem tinha sido o autor da agressão.

Ainda segundo a PM, os agentes identificaram, por marcas de sangue e relato de testemunhas, que as patas do cão foram cortadas em frente a uma casa localizada uma rua acima de onde ele foi encontrado.

O caso passou a ser investigado pela Polícia Civil, que suspeita que o crime tenha sido cometido em retaliação ao tutor do animal. Um suspeito chegou a ser detido, mas acabou liberado por falta de provas. “Ouvimos o suspeito, que é usuário de drogas e tinha uma rixa com o tutor do cachorro, mas ele nega que tenha sido o autor”, afirma o delegado que investiga o caso, Eduardo Eustáquio.

A polícia ainda não descarta outras hipóteses para a autoria do crime. “Investigamos também o tutor do cachorro que também é usuário de drogas e pode ter feito algo contra o animal sem pensar”, diz. Segundo Eustáquio, os agentes trabalham na busca por provas do crime. “É difícil porque no local não tem câmeras de segurança e as testemunhas não falam.”

Mutilação

O veterinário que fez o atendimento ao cachorro relatou que, quando o animal foi socorrido, a agressão já tinha ocorrido há pelo menos dois dias. “Pela aparência do ferimento e pelo grau de infecção, constatamos que aquele animal já tinha perdido muito sangue”, afirma José Ricardo Garcia Mansur, 36. Para ele, se tivesse sido socorrido com rapidez, o cão poderia ter sobrevivido.

De acordo com o veterinário, além das patas cortadas, o cão também tinha sinais de cortes na região próxima ao abdômen e estava muito sujo. Para o médico, a terra acumulada na área cortada estancou o sangue e impediu que o cachorro sangrasse até a morte logo após ser agredido.

Segundo o delegado Luziano Severino de Carvalho, titular da Delegacia Estadual de Repressão a Crimes Contra o Meio Ambiente (Dema), o animal sofreu o crime de mutilação, previsto no artigo 32 da Lei 9.605/98. “A pena para esses casos é de 3 meses a 1 ano de prisão e multa, que varia entre R$ 500 e R$ 3 mil”, explicou. Em caso de morte, de acordo com o delegado, a pena pode aumentar em até 1/3.

Fonte: G1

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