A revista Vogue anunciou que deixará de publicar qualquer conteúdo com peles de animais em seus editoriais e anúncios globais. A decisão não representa uma mudança estética, mas o reconhecimento de que a exploração animal é incompatível com os valores éticos de nossa época.
A decisão foi conquistada através de nove meses de campanha incisiva coordenada pela Coalizão para Abolir o Comércio de Peles (CAFT), que desferiu mais de 100 protestos em frente a residências de executivos da Condé Nast, a controladora da Vogue, e em empresas associadas, como a loja American Girl Doll, de propriedade da Mattel.
O ativismo persistente da CAFT e a crescente pressão do público tornaram impossível para a Condé Nast ignorar a demanda por padrões que respeitem os animais. O resultado é uma vitória significativa para o movimento pelos direitos animais e um sinal de que o futuro da moda está se afastando das práticas cruéis do passado.
A Vogue agora se une a marcas de peso como Gucci, Prada, Versace, Burberry e Chanel, que já haviam banido o uso de peles em suas coleções. Juntas, essas decisões demonstram que a compaixão deixou de ser uma tendência e passou a ser um novo paradigma no design e na comunicação de moda.
Com o peso simbólico da Vogue nessa transformação, é esperado que outras revistas e empresas sigam o mesmo caminho. A abolição das peles mostra como o ativismo é importante para conscientizar o próximo e prova que o luxo pode e deve ser livre de crueldade.