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Revista Veja classifica redução do consumo de carne como prática de “baixo impacto” para salvar o planeta

9 de fevereiro de 2011
1 min. de leitura
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Por Vânia Lúcia
em colaboração para a ANDA

É difícil acreditar que a revista Veja seja imparcial quando o assunto é consumo de carne (assim como em tantos outros assuntos). Um exemplo é a matéria já comentada na ANDA alarmando os pais dos “perigos” do vegetarianismo para crianças.

Na edição especial sobre sustentabilidade de dezembro de 2010, a Veja diz que abolir a carne da dieta é uma prática de BAIXO impacto para a construção de um mundo sustentável (veja figura). Até xixi no banho como forma de poupar água é mais incentivado.

Imagem: Reprodução

A Veja certamente sabe que a associação entre consumo de carne e sustentabilidade não é uma “confusão popular”, mas crê que pode convencer seus leitores desta forma. A necessidade de mudança dos hábitos alimentares é ponto pacífico fora do Brasil, no entanto, um dos principais veículos de informação (ou desinformação) do país quer orientar sua população no sentido contrário. Na completa falta de argumentos (pois equiparar os impactos da pecuária e da agricultura é um erro grosseiro) o alarmismo nutricional mais uma vez aparece para descartar a alternativa da dieta vegetariana. A carne aparece então como um mal necessário.

Uma publicação que anuncia ter reunido um time de especialistas para esclarecer dúvidas e traz uma informação indiscutivelmente incorreta e influenciada por interesses econômicos e políticos, presta um grande desserviço à sociedade.

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