Militantes da causa animal ainda aguardam que as ações de proteção os animais em Curitiba engrenem definitivamente, após sete meses do início da nova gestão. Entre as medidas mais esperadas está a castração de seis mil animais e a criação do Centro de Resgate de Animais em Risco. Segundo a prefeitura, os projetos já estão em andamento.
“As ações têm que ser amplas e simultâneas”, avalia a presidente da Sociedade Protetora dos Animais, Soraya Simon, que não descarta os avanços já alcançados, mas ainda vê um longo caminho a ser percorrido. Para ela, a situação só deve melhorar quando todo um contexto for colocado em prática, desde a sensibilização da comunidade sobre a guarda responsável até a estrutura adequada para atender os animais.
A reivindicação mais antiga é a implantação do Centro de Resgate de Animais em Situação de Risco. “Os animais feridos na rua tem que contar com a boa vontade da população. As entidades estão lotadas e têm que ter local para atendimento”, afirma. Reunião amanhã definirá os próximos passos para a implantação do centro, uma das principais promessas de campanha do prefeito Gustavo Fruet. Apesar da Câmara não ter autorizado o projeto, orçado em R$ 800 mil, o diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Alexander Biondo, garante será realizado.
Parcerias
Duas universidades de Medicina Veterinária estão cotadas para serem parceiras do projeto, o que também deve ser definido amanhã, junto com o espaço para instalação. O diretor destaca que o objetivo é fazer do local um ambiente para atendimento dos animais, e não um centro de resgate. “O acúmulo de animais não tem mostrado eficácia. A proposta não é recolher e fomentar a guarda irresponsável”, analisa. O centro também será responsável pela vacinação, castração e chipagem.
Outro ponto ainda aguardado pelos defensores dos animais é a castração, estimada em 6 mil procedimentos. “Questionei a prefeitura sobre quantas castrações já foram realizadas, a resposta foi 50 e informaram ainda que está tendo baixa adesão por parte dos protetores, o que é mentira”, reclamou o leitor João Paulo Lemos.
O diretor do Departamento de Pesquisa e Conservação de Fauna da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, Alexander Biondo explica que as castrações acontecerão no prazo de 12 meses a partir da liberação de recursos, ocorrida em junho.
O projeto prevê parceria com os 45 Centros de Referência de Assistência Social (Cras) da capital, com foco em famílias de baixa renda, além de 3 mil Para Soraya Simon, as ações de fiscalização representam ponto positivo no cenário de proteção animal em Curitiba, especialmente com a Guarda Municipal de Proteção Animal.
Fonte: Paraná Online