Por Raquel Soldera (da Redação)
Com requintes de crueldade de proporções gastronômicas, os restaurantes de Manhattan (Sushi Uo) e Queens (Sik Gaek e Restaurante Frutos do Mar do Oriente), nos Estados Unidos, estão cortando e servindo polvos vivos para os seus clientes.
Os polvos têm seus tentáculos cortados enquanto ainda estão conscientes e são servidos, se contorcendo, enquanto seu coração ainda bate. Outros são cozidos lentamente, vivos, na frente dos clientes, antes de seus tentáculos e os organismos superiores serem cortados em pequenos pedaços com uma tesoura.
A organização em defesa dos animais PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético aos Animais) está discutindo com os promotores de cada jurisdição, por intermédio de sua equipe jurídica, convidando os promotores a formalizarem acusações contra a crueldade cometida por estes restaurantes. Isso porque os polvos têm um sistema nervoso sofisticado e sente dores tão agudas como nós, mamíferos, e por isso as práticas desses restaurantes violam claramente a legislação de proteção à crueldade.
Os polvos são invertebrados com grandes cérebros e uma surpreendente complexidade neurológica. São seres muito inteligentes, com um comportamento social e com capacidades cognitivas atribuídas exclusivamente a grandes verterbrados
Recentemente, os polvos surpreenderam os cientistas transportando cascas de coco para usar como abrigo, sendo o primeiro exemplo do uso de ferramentas por um animal invertebrado (leia notícia publicada na ANDA aqui).
Em estudos realizados, ficou provado que os polvos são capazes de aprender, reter memórias e utilizar conhecimentos apreendidos para resolverem problemas.
Espera-se que os promotores atuando neste caso sejam tão inteligentes e sensíveis como os polvos, e que tomem providências contra esses restaurantes cruéis e retrógrados.
Com informações de PETA