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Restaurante coreano que vendia carne de cachorro burla vigilância e reabre

15 de novembro de 2009
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Um dia após ter sua cozinha interditada pela Vigilância Sanitária, o restaurante coreano Por Que Chama, localizado na rua Guarani, no Bom Retiro, funcionou ontem (13) e uma de suas quatro mesas estava ocupada por clientes. Os donos do estabelecimento estão presos desde quinta-feira (12) sob a suspeita de comercializar pratos feitos com carne de cachorro.

Após a Folha constatar a reabertura do local, por volta das 12h de ontem, e entrar em contato com a Secretaria Municipal de Saúde, fiscais da vigilância foram até o restaurante, mas não encontraram nenhum alimento sendo consumido, conforme a secretaria.

O estabelecimento estava proibido de vender alimentos porque sua cozinha estava em condições precárias de uso e não respeitava uma série de normas, segundo a vigilância.

No documento que oficializou a interdição, o órgão informou que medidas de higienização precisariam ser tomadas antes da reabertura e, conforme os fiscais, era isso que estava sendo feito ontem.

Procurados, os advogados de Tae Soon Choi e Mak Neachoi, donos do restaurante que foram presos acusados de formação de quadrilha, crimes contra o consumidor e maus-tratos contra animais, não foram encontrados. A reportagem conversou com uma funcionária do local, pediu para que um responsável entrasse em contato, mas não teve resposta.

O outro restaurante coreano investigado pela polícia por também vender comida de cachorro estava funcionando ontem. Porém apenas clientes selecionados tinham acesso a ele.

O estabelecimento não chegou a ser interditado. Ele foi autuado anteontem por irregularidades na cozinha.

Sem nenhuma identificação em sua entrada, o restaurante Ho Nan Park, mesmo nome de seu proprietário, só aceita clientes previamente identificados. Brasileiros não entram, segundo comerciantes coreanos da redondeza. Os advogados desse estabelecimento não foram encontrados. Park e o outro proprietário, Kun Ok Park Chung, continuavam presos, segundo a polícia.

Na quinta-feira (12), a polícia achou em Suzano (Grande SP), um abatedouro de cães e gatos na casa de Roberto Morais, 41, e Roseli Nascimento, 39. No local, foram apreendidos 60 quilos de carne canina e dois gatos mortos. O casal, segundo a polícia, tinha como clientes restaurantes do Bom Retiro. Os dois foram presos. O consumo de carne de cães e gatos é proibido no país. O advogado do casal, Fabrício Tsutsui, disse que não teve acesso ao processo e, por isso, não se manifestaria.

Fonte: Folha de São Paulo

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