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MEMÓRIA AFETIVA

Responsável por aquilo que cativas: cães lembram nome de brinquedos mesmo após anos sem vê-los

13 de setembro de 2024
2 min. de leitura
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Fonte: Ilustração | Freepik

Quem tutela animais domésticos já deve ter reparado a capacidade dos cães em identificar alguns brinquedos preferidos, mesmo quando eles não estão mais na rotina. Essa é uma possível habilidade canina comprovada por um estudo recente que revelou que os cachorros conseguem se lembrar do nome de objetos mesmo depois de dois anos.

A pesquisa, publicada na revista Biology Letters, na quarta-feira (4/9), foi realizada com cinco cachorros — Max, Rico, Squall, Whisky e Gaia — e doze brinquedos recorrentemente utilizados pelos animais durante uma semana. De acordo com os pesquisadores, “esses cães oferecem uma oportunidade única para estudar a retenção de rótulos em uma espécie não linguística”.

Metodologia da pesquisa

Os testes começaram em dezembro de 2020, quando os animais foram introduzidos aos 12 nomes e seus respectivos objetos. Uma semana depois, os itens foram retirados do convívio e ficaram guardados por dois anos. Já em 2023, os tutores reintroduziram os brinquedos na vida dos pets.

“Para garantir que durante o teste os cães não ficassem superexcitados devido à presença dos brinquedos reintroduzidos, um dia antes do teste os tutores foram instruídos a deixar os brinquedos no chão e permitir que os cães os inspecionassem por [1 hora]”, detalharam os pesquisadores, adicionando que os tutores também não poderiam se envolver com os cães durante essa hora.

Antes de começarem de fato os testes, os animais puderam ter acesso aos objetos antigos por 30 minutos. Em seguida, deram início à análise. Nela, os tutores colocaram seis dos brinquedos antigos em outra sala com outros seis brinquedos de teste desconhecidos. A partir daí, eles pediram que os cães recuperassem os itens antigos, usando os nomes aos quais foram apresentados em 2020.

Resultados

A constatação da pesquisa foi de que os cinco cães acertaram 44% das vezes ao tentar recuperar o brinquedo certo. Isso foi maior do que o nível de chance médio de 20,4%.

Apesar da descoberta, os pesquisadores pontuaram que os resultados não podem ser generalizados para outras populações de cães ou outros domínios cognitivos, porque a maioria dos cachorros de família não mostra evidências comportamentais de rótulos de objetos de aprendizagem. Além disso, sugeriram que novos testes sejam realizados em mais animais, e com um tempo maior para conseguir compreender as taxas gerais de retenção.

“Nossas descobertas expandem nosso conhecimento sobre esse tópico ao mostrar que alguns cães individuais podem manter mapeamentos de rótulos de objetos anos após terem sido expostos a eles pela primeira vez.”, relataram.

Fonte: Metrópoles

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