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Responsáveis pelos maus-tratos dos beagles em Green Hill são condenados na Itália

27 de janeiro de 2015
3 min. de leitura
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Por Alex Avancini (da Redação)

Centenas de Ativistas participam da libertação histórica em Green Hill em 2012 na Itália - Foto/Reprodução: ANSA/FILIPPO VENEZIA
Centenas de Ativistas participam da libertação histórica em Green Hill em 2012 – Foto/Reprodução: ANSA/FILIPPO VENEZIA

Em um processo histórico na Itália, mais de dois anos após a invasão, no último dia 23 de janeiro deste ano, três sentenças envolvendo dirigentes do criadouro de Green Hill são finalmente condenados por maus-tratos e mortes comprovadas em experimentações científicas em animais.

No dia 28 de abril de 2012, centenas de ativistas Italianos trouxeram ao mundo imagens de uma das maiores libertações coletivas já vistas na história dos Direitos Animais. Levantando cartazes anti-vivissecção, os ativistas libertaram dezenas de cães da raça beagle de dentro de um dos maiores criadouros de cães no mundo, laboratório de testes em animais localizado na região de Montichiari no norte da Itália, que lucrava todos os anos com a criação de 2.500 cães da raça beagle, vendidos às indústrias interessadas para serem explorados em cruéis experimentos.

Coordenado por três grandes grupos de Direitos Animais na Itália e centenas de outros ativistas apoiadores, a ação libertadora dos cães rendeu à condenação dada pelo Senado Italiano à empresa por reconhecidos maus-tratos e execuções aos animais, o que levou mais tarde, ao fechamento total das atividades do laboratório meses depois da sua invasão.

Apesar das grandes vitórias parciais no caso, uma questão dentro mídia Italiana ainda restava. Após o fechamento da unidade, grandes embates nos tribunais da Itália foram travados em relação à crueldade praticada por anos pela empresa. Advogados interessados na causa animal processaram quatro antigos administradores do local.

Em sentença dada neste ano (2015), Ghislane Rondot, co-gestor de Green Hill e Renzo Graziosi, veterinário da unidade, foram condenados a um ano e seis meses de prisão cada. Roberto Bravi, diretor do centro de criação, recebeu a sentença de um ano de prisão mais o ressarcimento de despesas. Aos condenados, foram aplicadas suspensões de dois anos nas atividades relacionadas ao processo mais a autorização legal por parte da justiça do recolhimento de todos os animais encontrados no laboratório, muitos deles, já resgatados ou em processo de adoção.

Ativistas lutaram até o fim para o sentenciamente dos acusados - Foto/Reprodução: LAV
Ativistas lutaram até o fim para o sentenciamento dos acusados – Foto/Reprodução: LAV (Lega Anti Vivisezione)

Segundo Gianluca Felicetti, presidente da LAV (Liga Anti-Vivissicção), um dos três grandes grupos a encabeçar a luta contra Green Hill, “A sentença de condenação dada à Green Hill é um reconhecimento a todos aqueles que em tantos anos participaram da manifestação em Montichiari e em tantas outras partes da Itália e do mundo, jejuaram, assinaram petições, realizaram perguntas jornalísticas, apresentaram denúncias, escalaram barreiras físicas e ideológicas que defendiam os indefensáveis”.

Muito emocionados, os ativistas italianos após a vitória nos tribunais, ainda mantém o discurso de luta. Juntos, lembram infelizmente que “Oltre il filo spinato di Green Hill”-Além dos arames farpados de Grill Hill-, só na Itália, são mortos 3.000 animais por dia e por isto, a luta continua.

Assistir o parlamento italiano determinar a prisão de dirigentes que maltrataram e mataram centenas de animais, é minimamente para os brasileiros, a forma mais confortadora de continuar a acreditar que um dia, o país também terá um sistema parlamentar organizado, onde, qualquer tipo de violência, humana ou não humana, será firmemente julgada.

Em nome de toda a equipe de jornalismo ANDA, nós parabenizamos a todos e todas que colaboraram até hoje para mais esta grande vitória.

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