Três cães com apenas duas patas cada um estão desafiando suas limitações de mobilidade em uma iniciativa inspiradora de reabilitação de amputados em um hospital na Filadélfia, nordeste dos Estados Unidos. Apelidados de Deuce, Lucky e Cyrus, esses cães não apenas oferecem apoio emocional, mas também desempenham um papel ativo nas sessões de fisioterapia.

Esses cães terapeutas compartilham sua vida na Pensilvânia com Domenick Scudera, seu tutor e treinador. Lucky, Deuce e Cyrus, cada um com sua própria configuração de membros ausentes (patas dianteiras, patas traseiras ou membros direitos), levam uma vida notável, contando com a ajuda de Scudera. Eles usam cadeiras de rodas em parte do dia, mas desenvolveram técnicas especiais para brincar e explorar o mundo ao seu redor. Além disso, esses cães especiais são ávidos por carinho, retribuindo com muitos lambeijos e afagos.

Eles compartilham sua jornada diária no Instagram, onde atraíram uma comunidade de mais de cem mil seguidores e quase três mil postagens.

Ao lado de Scudera, esses cães incríveis frequentam o Hospital de Reabilitação Bryn Maur, onde se envolvem em programas de tratamento e reabilitação para amputados. Embora a terapia assistida por animais (TAA) não seja uma novidade, a particularidade aqui é que esses cães enfrentaram os mesmos desafios que os pacientes, tornando sua conexão com os amputados ainda mais especial.

A perda de um membro, seja por doença ou trauma, frequentemente desencadeia desafios emocionais e físicos para os pacientes. Muitos amputados se sentem limitados e incapazes, mas é nesse ponto que Lucky, Deuce e Cyrus entram em ação, demonstrando na prática que a superação é possível.

É importante ressaltar que Scudera dedica algumas horas semanais ao trabalho de reabilitação, com os três cães se revezando nas atividades. Isso garante que os cães também tenham tempo para descanso e cuidados adequados.

Essa história inspiradora começou quando Deuce, um cachorro encontrado em uma situação precária, estava com duas patas fraturadas e infecções graves. Jean Gibowski o resgatou e, embora incerta sobre seu futuro, ofereceu um lar temporário. O cão, surpreendentemente, aprendeu a se deslocar usando as patas restantes e demonstrou uma incrível força de vontade.

Jean compartilhou a história nas redes sociais, onde conheceu Domenick Scudera, que já tinha experiência em terapia assistida por animais com cães amputados, Lucky e Cyrus. Scudera adotou Deuce, e o cachorro se adaptou rapidamente à sua nova casa e equipe de suporte terapêutico.

Lucky, o cão mais velho de Scudera, tornou-se um irmão mais velho para Deuce, e eles desenvolveram uma forte conexão. Esses cães, notáveis por sua docilidade e paciência, têm desempenhado um papel fundamental na terapia assistida por animais, proporcionando conforto e incentivando os pacientes a superar desafios físicos e emocionais.

Em suma, a história desses cães de duas patas é um testemunho emocionante da resiliência animal e de como eles podem inspirar e ajudar na recuperação de seres humanos que enfrentam desafios semelhantes. Suas jornadas de superação e apoio incondicional destacam o poder transformador da conexão entre humanos e animais.