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Resgate de mais de 5 mil tartarugas continua no Tocantins

3 de outubro de 2013
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Cerca de 20 profissionais do Instituto de Natureza do Tocantins (Naturatins) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) continuam o trabalho de resgate das tartarugas em Formoso do Araguaia, sul do Tocantins. Os animais estavam em um lugar conhecido como Lagoão, onde desagua o rio Formoso, mas que por causa da seca se tornou uma poça de lama.

O resgate começou nesta terça-feira (1) depois que moradores da região denunciaram ao Ministério Público que tartarugas, peixes e arraias estavam morrendo por causa da seca do Lagoão. Cerca de 1500 tartarugas e um jacaré foram salvos no primeiro dia. Segundo representantes dos órgãos ambientais mais de 5 mil ainda precisam ser resgatadas.

Após serem retiradas do Lagoão, as tartarugas são levadas para outro lago e vão sozinhas para a água (Foto: Clifton Morais / TV Anhanguera)
Após serem retiradas do Lagoão, as tartarugas são levadas para outro lago e vão sozinhas para a água (Foto: Clifton Morais / TV Anhanguera)

A unidade do Naturatins localizada em Formoso do Araguaia informou que o trabalho ainda deve continuar ao longo da semana. O transporte, a quantidade de pessoas e os equipamentos utilizados são poucos comparados à quantidade de animais que precisam ser salvos, segundo o Naturatins.

Lago seca e tartaruga morre por falta de água em Formoso do Araguaia (Foto: Reprodução/ TV Anhanguera)
Lago seca e tartaruga morre por falta de água em
Formoso do Araguaia (Foto: Reprodução/
TV Anhanguera)

Os animais estão sendo levados para um ponto do rio Formoso, a 30 km do Lagoão. De acordo com a bióloga e gerente do Naturatins, Helen Gomes da Silva, a seca e o Projeto Rio Formoso de cultivo de arroz, que utiliza a água do lago, podem ter contribuído para a baixa das águas.

Foi o fazendeiro João Júnior Alves Guimarães, que possui propriedade perto do Lagoão, que denunciou a situação à promotoria. Ele disse que mora na região há mais de 30 anos e que nunca tinha visto a água baixar tanto. “Todos os anos, na época da estiagem a água baixa, mas não a ponto de secar como agora.”

Segundo moradores do local, normalmente o Lagoão chega a medir 150 alqueires, o que equivale a cerca de 960 campos de futebol, mas que hoje só resta lama em um pequeno espaço.

Fonte: G1

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