Animais de rua desprotegidos despertam nosso instinto de solidariedade. Quem não se comove ao ver um cachorro ou gato perdido, vagando sozinho, muitas vezes sem um lar? Após a nobre decisão de levar o animal para casa, é necessário no entanto tomar algumas precauções.
A veterinária Bárbara Lopes alerta que, se ele estiver doente, pode contaminar os outros bichos da casa ou transmitir doenças para os humanos. Mas alguns cuidados simples podem eliminar esse risco.
A primeira coisa a fazer é levá-lo ao veterinário para um check-up. Ele precisa passar por uma bateria de exames, tomar as vacinas necessárias e os remédios para vermes. Além disso, um banho e uma tosa (quando necessária) são fundamentais. No mais, uma casa onde receba carinho e se sinta protegido são suficientes para que ele se torne um grande companheiro.
Muitos animais de rua podem estar com a saúde comprometida por viverem mais expostos às doenças. Além disso, é comum apresentarem quadros de subnutrição ou desidratação, daí a importância dos exames e de um diagnóstico preciso, que indique o tratamento adequado.
Outra recomendação dos veterinários é castrar os animais. Hoje há uma superpopulação de bichos na rua. Castrá-los é uma forma de evitar que futuros animais venham a sofrer. Nas ruas, o destino é incerto. Na maioria das vezes, eles são capturados e levados para o Centro de Controle de Zoonoses. Ali, alguns são adotados, mas outros podem acabar sendo sacrificados.
Achei um bicho na rua. E agora?
É importante observar se ele não tem nenhum problema de pele, se está muito magro ou desidratado. Ofereça ração e água. Geralmente, animais de rua comem comida, mas o ideal é introduzir ração na alimentação deles.
Leve o animal imediatamente ao veterinário, pois, se ele estiver doente, poderá contaminar ou bichos da sua casa ou transmitir doenças para as pessoas.
No veterinário, após o banho, é fundamental vermifugar o animal e dar a ele remédios contra pulgas. Além disso, é necessário realizar exames e dar todas as vacinas, as mesmas que um filhote precisa receber.
O terceiro passo é castrá-lo. Após esse etapa, caso decida entregá-lo para adoção, procure as entidades responsáveis. Se decidir ficar com animal, é só tratá-lo com carinho e você terá um companheiro para o resto da vida dele.
Dicas
Coleiras com identificação e endereço facilitam a localização do bichinho, caso ele se perca e não consiga voltar para casa.
Se não puder abrigá-lo, mas quiser ser solidário, você pode levar o animal a algumas instituições, como hospitais veterinários ou ONGs, e pagar os serviços básicos (consulta, vacinas e higienização). Assim, os locais os abrigam até acharem um tutor.
Com informações de Donna