Por gostar tanto de animais, há cerca de um ano e meio Telma Crepaldi foi chamada a uma escola para resgatar um filhote de urubu-de-cabeça-preta caído do ninho. No início, relutou em levar a ave para casa. O filhote branquinho, porém, conquistou seu coração. E um nome foi escolhido para ele: Loro.
Na chácara em Indaiatuba (SP) onde Telma vive com a filha, o marido e 12 cães adotados, Loro teve a chance de se desenvolver como uma ave livre. Assim que aprendeu a voar, o urubu bateu asas para outros lugares.
Frequentemente, vai a um shopping da cidade, distante alguns quilômetros da casa de Telma. Tornou-se tão conhecido no centro de compras que é filmado e fotografado interagindo com os visitantes. São “beijinhos” e “cafunés” registrados e postados em uma página do Facebook. Sim, o animal tem uma página na rede social.
Manso e carinhoso
Loro é definido por Telma como um animal “manso e carinhoso”. Quando volta de seus voos, que o levam para longe da chácara por vários dias, é recebido com água limpa, carne e filé de peixe (sem espinhas).
Embora seja bastante conhecido da população de Indaiatuba, especialmente no raio onde costuma voar, Loro não escapou de ser aprisionado. Uma vez, a ave teve a asa cortada e foi amarrada com corda pelo pé. Depois de muitas buscas, Telma conseguiu encontrar e resgatar o animal. “Ele teve depressão e desaprendeu a voar”, conta. “Em casa, colocamos banco e escadas para ele subir e reaprender a bater as asas.” As asas cresceram e o urubu, felizmente, voltou a voar.
Fonte: G1