Uma cama confortável, comida nutritiva, atenção e cuidado — com cerca de cinco anos, Nanico nunca conheceu uma realidade em que estas condições lhe fossem dadas. O patudo foi resgatado na passada sexta-feira, da antiga casa, em Câmara de Lobos, na Madeira, pela associação Ajuda a Alimentar Cães. Viveu mais de cinco anos acorrentado, com pouco mais de um metro para andar.

“Quem o vê nem imagina o que ele já passou. Dormia em cima do cimento e estava num local da casa esquecido”. Assim é descrita a realidade do patudo pela responsável pela organização que o salvou.

Mariana Nóbrega explica à PiT que a equipa chegou ao cão graças a “várias denúncias” que davam do estado em que era mantido. Além do pouco espaço que lhe era permitido ocupar, o cão estava “completamente cheio de rastas”, devido aos anos de negligência com o seu pelo comprido, revelando o desinteresse dos detentores para com ele.

O cão foi tirado de uma propriedade privada, com total cooperação dos detentores, que são donos de uma agência funerária na zona. “Deram-nos autorização para entrarmos e vermos as condições do cão”, acrescenta a responsável. “Confirmámos todas as denúncias — ele vivia em condições deploráveis. Pedimos para o trazer, e não se importaram”, acrescenta,

O estado do pelo não permitiu que fosse recuperado. Os nós com vários anos irritavam a pele, causavam o risco de provocar feridas, e impediam que o patudo conseguisse ver. Nanico foi lavado e tosquiado pela associação. O novo pelo refletirá o recomeço na sua vida, com a oportunidade de encontrar “um novo lar com uma verdadeira família”.

Apesar dos anos de negligência, o rafeiro branco de porte pequeno “é extremamente meigo”. “Adora animais e humanos. Talvez por estar a conhecer o mundo agora, é muito curioso com tudo e adora passear e explorar”, acrescenta Mariana Nóbrega.

Fonte: Pets in Town