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Reserva natural das dunas de S. Jacinto é exemplo de preservação das espécies

7 de setembro de 2010
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A garça-branca, a garça-boieira, a garça-vermelha, a garça-pequena, a garça-cinzenta e a garça-real ou o pato-real, o zarro-comum, o zarro-castanho ou o arrabio, são atrativos da Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto, uma zona de proteção especial, com 666 hectares de área, entre o mar e a ria de Aveiro.

S. Jacinto é um dos pontos de nidificação mais setentrional de Portugal e, para além das garças, a galinha-d’água e o mergulhão preto são uma presença constante na pateira, uma lagoa que foi aberta na Reserva, no inicio da década de 1980, como forma de recuperar uma zona atingida por um incêndio e que são também um grande refúgio para os patos que existem na ria de Aveiro.

A pateira é mesmo o componente mais importante da Reserva Natural , já que de novembro a fevereiro podem ser observadas cerca de 40 mil aves. A pateira é uma lagoa com cerca de oito hectares e possui um observatório que possibilita o contato visual com esses animais.

As garças são, no entanto, apenas um pequeno exemplo do componente faunístico da Reserva das Dunas de S. Jacinto: há também o ganso patola,  a andorinha-do mar-comum, as gaivotas de asa-escura ou de patas amarelas, o pintarroxo ou o papagaio do mar; sem falar no pato-real ou no pato negro. Todos  podem  ser observados.

Centenas de patos de diversas espécies podem ser vistos especialmente durante o inverno, quando descem do norte da Europa para  se abrigarem dos rigores da estação. A Reserva Natural de S. Jacinto é um dos locais onde se registra uma das maiores concentrações de patos invernantes de Portugal.

A água-de-asa-redonda e o açor também pairam sobre a Reserva Natural, juntamente com a coruja-do-mato, as raposas e as ginetas ou répteis, como a largartixa ou a cobra-d’água e anfíbios, como o sapo de unha negra ou o pleurodelo.

Podem ainda ser vistas gaivotas, guinchos ou corvos marinhos, espécies consideradas ligadas ao mar para além de pilritos, borrelhos-de-coleira-interrompida e ostrasceiros. No interior da mata, podem ser vistas várias espécies de chapins, desde o chapim real ao chapim de poupa.

Na Reserva Natural das Dunas de S. Jacinto – um dos sistemas dunares mais bem conservados do país – encontra-se a mata de S. Jacinto, criada em 1888 pelos Serviços Florestais e que acabou por fixar as areias e ajudou a fixar as dunas que ainda hoje defendem a restinga das arremetidas do mar.

Fonte: Jornal de Notícias

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