Os keas, papagaios nativos da Nova Zelândia conhecidos pela sua curiosidade, estão mais propensos a experimentar novos alimentos quando têm acesso à comida humana — o que, por vezes, leva à ingestão de iscos envenenados com 1080 em quantidades letais.
Agora, testes realizados em redor de Arthur’s Pass, com iscos não venenosos, mostram que a adição de um extrato da família da menta pode ajudar a dissuadir estas aves. Versões anteriores do repelente mentolado degradavam-se demasiado depressa no interior do isco, mas nos testes mais recentes, em que o composto foi aplicado como revestimento, os keas selvagens ingeriram significativamente menos isco com concentrações elevadas de repelente.
Ainda assim, nas zonas da aldeia onde os testes decorreram, as aves continuaram a ter acesso a comida humana — com algumas experiências até a serem interrompidas por distrações causadas por pessoas a alimentarem os animais nas proximidades.
Os investigadores alertam que é mais difícil alterar o comportamento alimentar dos keas através de repelentes quando estes estão habituados a experimentar novos sabores, sublinhando que impedir o acesso dos papagaios à comida humana deve continuar a ser uma prioridade.
Fonte: Greensavers