Hoje em dia, os animais domésticos são considerados mais do que apenas um simples animal dentro de casa, muitos os tratam como integrantes de suas famílias. Nesta terça-feira, quando se celebra o Dia dos Animais e de São Francisco de Assis, protetor dos animais, o Portal Engeplus ouviu veterinários sobre cuidados com eles e o que mudou no trato de cães, por exemplo, e nas relações entre animais e tutores nos últimos 15 anos.
Entre as principais mudanças está expectativa de vida dos animais, que aumentou de dez anos para cá. “Antigamente usávamos medicamentos de humanos em doses adaptadas aos animais. Hoje em dia temos medicamentos próprios, podemos fazer exames detalhados e assim identificar e curar as doenças da forma certa”, explica a veterinária Laís Ferreira, que trabalha há 17 anos com animais em Criciúma. De acordo com ela, isto foi importante para descobrir novas doenças e para a criação de novos medicamentos. A expectativa de vida de um cão que há alguns anos era de dez anos, hoje pode ultrapassar os 16 anos.
O veterinário Samuel da Rosa Machado acredita que os cães vivem mais por causa da alimentação. “Antigamente os cães comiam as sobras da comida, hoje temos rações especializadas com todos os nutrientes que eles precisam”, explica Machado. O banho e a tosa também estão mais comuns do que eram há algum tempo. “Sendo feitos regularmente também ajudam na prevenção de doenças de pele”, afirma o veterinário.
Cachorros de grande porte são menos procurados
Antigamente os cães de grande porte, eram os mais procurados, mas hoje, são os de pequeno porte.
“Esta mudança aconteceu porque as pessoas estão morando mais em apartamentos do que em casas e costumam procurar um cachorro menor”, explica Machado.
Humanização do cão “criou” novas doenças
É comum ver cães sendo tratados como humanos. Dormindo junto com os tutores e convivendo somente com pessoas os animais tendem a “criar” novas doenças, como é o caso do estresse, da ansiedade e da Síndrome do Abandono.
“O problema do animal ser criado convivendo apenas com humanos é que ele não reconhece outro cachorro como seu semelhante deixando até de cruzar. Eles têm que ser amados e protegidos, mas a pior coisa que existe é eles se sentirem como um ser humano”, conta Laís.
Fonte: Engeplus