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Registro de maus-tratos a animais dobra em 2015

13 de julho de 2015
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Foto: Reprodução / Rede Liberal
Foto: Reprodução / Rede Liberal

O pastor alemão resgatado na terça-feira (7) morreu na última sexta-feira (10). Segundo a Polícia, o cachorro foi amarrado dentro de um saco e jogado em um entulho no Canal da Visconde de Inhaúma, no bairro da Pedreira.
Os médicos veterinários tentaram salvar o animal, mas ele não resistiu. O delegado do Meio Ambiente, Marcos Lemos disse que mesmo com os antibióticos o animal estava muito debilitado.
“Todo o tratamento necessário foi feito. Usamos fluidoterapia, mas ele acabou não resistindo. Ele estava muito desidratado e turgor cutâneo, no caso a pele, não tinha tanta elasticidade, o que demonstrava um grau avançado de desidratação. Além disso, ele era um animal que não se locomovia”, explicou.
Casos
A Princesa foi resgatada por uma ONG no final de 2014 e a denúncia é de que a cadela era abusada sexualmente pelo tutor. Ela foi resgatada pela ONG “Vira Lata, Vira Vida”. “Nós resgatamos e hoje ela é extremamente dependente: não anda e usa sempre fralda. Infelizmente não fizemos a denúncia contra o tutor, porque quando pensamos em fazer, ele tinha fugido”, explica a voluntária Simone Braga.
No início deste ano, o cachorro Taru foi queimado com água quente no bairro do Jurunas e morreu dias depois. No bairro do Umarizal, dois cachorros foram encontrados presos sem comida e iluminação. Em 2014, uma cadela de quatro meses foi resgatada de um bueiro, no bairro da Campina. A suspeita é de que uma pessoa teria jogado o animal no buraco.
Crime
Nos primeiro cinco meses deste ano, 25 pessoas foram autuadas pelo crime de maus-tratos na Região Metropolitana de Belém (RMB), o dobro registrado no mesmo período do ano passado.
Violência contra animais é crime federal previsto na Lei de Crimes Ambientais e rende pena de três meses a um ano de prisão. Entretanto, na prática quem comete o crime não vai preso, cumpre penas alternativas, entre elas, o pagamento de multas e prestação de serviços comunitários.
A juíza Emília Medeiros diz que os culpados são encaminhados para algumas instituições parceiras e nessas instituições participam de cursos de conscientização ambiental. “Considero que é uma proposta muito válida, porque as pessoas passam a ter uma visão mais sensível com relação aos animais”, pontua.
Contudo, a pessoa pode ter problemas pela vida inteira. “Como, por exemplo, emprego no setor privado, concurso público, enfim, ele vai precisar de uma certidão negativa de antecedentes criminais e já vai constar uma positiva”, afirma Marcos Lemos, delegado do Meio Ambiente.
Fonte: G1

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