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Região de preservação é usada para sacrificar animais em rituais religiosos

19 de outubro de 2010
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Animais são sacrificados em rituais religiosos na área de preservação ambiental localizada ao lado da avenida Renato Wagner, atrás do Lar dos Velhinhos de Piracicaba. A denúncia é do vereador Laércio Trevisan (PR), que esteve ontem à tarde no local para verificar a presença de carcaças de animais, além de outros problemas presentes na região. “É preciso fazer alguma coisa para acabar com isso. Além de maltratar os animais, depreda-se um espaço tão bonito aqui do município.

A prática é considerada crime no município pela lei que proíbe o uso e sacrifício de animais em práticas de rituais religiosos. Ao descumprir a legislação, o infrator recebe multa de R$ R$ 2 mil, dobrada a cada reincidência. “Somos sabedores de que há pessoas que realizam o sacrifício de animais em cultos religiosos, e isso é inaceitável. As pessoas devem se conscientizar do problema dessa prática”, declara.

A prática também é considerada crime pela lei que proíbe maus-tratos e crueldade contra os animais no município. Pela lei, fica definido como mau-trato todas as ações, diretas ou indiretas, que são capazes de provocar privação das necessidades básicas dos animais, além de sofrimento físico, medo, estresse, angústia, patologias ou morte. O infrator terá primeiramente advertência por escrito e, em caso de reincidência, pagará multa no valor de R$ 2 mil. O valor multiplica a cada nova infração. As duas leis são resultados de projetos do vereador.

“Não há prática religiosa que legitime os maus-tratos ou o sacrifício de animais”, diz, enquanto mostra uma espécie de pequeno altar improvisado em uma pedra às margens do rio. No local, a carcaça de um animal, restos de doces, garrafas de vidro vazias e velas derretidas. “Os animais estão sendo sacrificados em rituais religiosos”, diz Trevisan. Historicamente, a região é conhecida por ser frequentada para práticas religiosas, sexo e uso de drogas (há grande número de preservativos usados e seringas).

No espaço também há cova feita por pessoas que estão enterrando animais, prática proibida em área de preservação ambiental. “Para isso há o Cemitério de Animais de Piracicaba, que tem uma vala comum para quem não quer ou não pode pagar”, informa o parlamentar. Apesar de descuidada, a região conta com biodiversidade privilegiada, com saguis em várias árvores e diferentes tipos de pássaros.

Resposta

A Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente informa que, conforme a denúncia feita, deverá encaminhar técnico para vistoriar a área e realizar a limpeza. A fiscalização deverá monitorar a área para verificar possíveis infratores.

Fonte: Gazeta de Piracicaba

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