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ADAPTAÇÃO E SOLTURA

Refúgio na Bahia recebe 41 ararinhas-azuis, espécie que já foi considerada extinta na natureza

7 de março de 2025
2 min. de leitura
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Foto: Divulgação Ibama/BA

Depois de um período de adaptação no Instituto Federal Sertão Campus Petrolina (PE), um grupo de 41 ararinhas-azuis (Cyanopsitta spixii), vindas originalmente de um criadouro em Berlim, na Alemanha, já estão devidamente instaladas em seu novo lar: o Refúgio de Vida Silvestre da Arararinha-Azul, em Curaçá (BA).

As aves chegaram ao Brasil em 28 de janeiro, e após 20 dias foram transferidas para o sertão da Bahia. Espécie típica do Brasil, as ararinhas foram declaradas extintas na natureza na década de 1990.

O novo grupo de aves chegou para ampliar a população da espécie no território nacional e vão se unir a outras 78 ararinhas-azuis que já vivem no país, sendo 40 em Curaçá (BA), 27 no Zoológico de São Paulo e 11 em vida livre. O objetivo principal é adaptá-las às condições ambientais brasileiras para, futuramente, readaptá-las à vida livre na natureza, explica nota do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis).

Todo o traslado dos animais foi coordenado pelo Ibama com anuência do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) e apoio da Polícia Federal.

Para 2025, está prevista a soltura de 20 aves que já estão no refúgio baiano. “Estávamos aguardando a vinda dessas 41 novas aves para manter a população de reserva soberana do Brasil e, assim, garantir a viabilidade de longo-prazo do programa de conservação dessa espécie”, explica a diretora de Biodiversidade, Flora e Fauna do Ibama, Lívia Martins.

A liberação periódica das ararinhas criadas em cativeiro é essencial para que a população selvagem se recupere, afirma a diretora. Um trabalho que depende da importação de animais, uma vez que a população é limitadíssima devido a seu estado de vulnerabilidade à extinção.

O programa federal das ararinhas-azuis conta com a colaboração de criadores parceiros do Brasil e de outros países. Em 2020, houve a repatriação de 52 ararinhas-azuis. Dessas, 20 já foram soltas na natureza.

Fonte: Um Só Planeta

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