EnglishEspañolPortuguês

GUERRA

Refugiados improvisam formas de transportar e retirar animais pelas fronteiras ucranianas

11 de março de 2022
Bruna Araújo | Redação ANDA
2 min. de leitura
A-
A+
Foto: Louisa Gouliamaki | AFP

Os yorkshires Lea e Keks estão entre os mais recentes animais refugiados que chegaram na companhia da tutora na Polônia. Os animais não conseguem esconder o alívio de finalmente estarem em segurança. Assim como os cãezinhos, dezenas de animais, como cachorros, gatos, aves, coelhos e outras espécies foram transportadas por seus tutores a pé, em carros, ônibus ou trens.

Os animais menores, foram acomodados em caixas de transportes, mas os de grande porte, em muitos casos, foram carregados no colo, em bagagens e das maneiras mais inusitadas possíveis. Lea e Keks, por exemplo, apesar de serem pequenos, foram transportados dentro de um travesserios, pois sua tutora temia que eles sofressem com o frio e o desconforto da longa e exaustiva viagem.

A tutora dos yorkshires, Anna Zatsepa, conta que nunca os deixaria para trás e percebeu o quanto os animais são verdadeiramente intuitivos. “Eles são como crianças e você simplesmente não pode deixá-los para trás. Eles estavam assustados com certeza, porque não entendem o que está acontecendo e por que está acontecendo conosco”, disse à AFP.

Zatsepa buscará um abrigo na Polônia, mas ainda não sabe o que fará futuramente. Tatiana Tymchuk e a mãe sofrem com a mesma incerteza quanto ao porvir. Naturais de Kiev, elas chegaram no país vizinho na companhia do seu gatinho e da tartaruga domésticos. As duas também tutelam cães, que, infelizmente, ainda estão na Ucrânia na casa do avô de Tatiana.

A gatinha cinza Mara saiu de Kiev na companhia da sua tutora, Liana Getman, e suas duas filhas em uma pequena gaiola azul e branca. “Ela estava muito assustada e acho que agora ela entende todos os desastres acontecendo e nos apoia como pode. Ela estava chorando enquanto fomos evacuados de Kiev, ela chorou metade de nossa viagem”, afirmou.

Muitos tutores estão deixando seus animais em abrigos poloneses já superlotados. Joanna Puchalska-Tracz, que administra um centro de acolhimento para animais domésticos fala sobre o aumento de demanda. “Eles estão cansados ​​e assustados e ainda não querem comer, precisam descansar e olhar ao redor”, disse.

A ativista Melanie Vogelei, da organização White Paw, está tentando retirar todos os animais que estão chegando em seu abrigo e levá-los para outro país na companhia de civis que acabaram de chegar no país e não sabem para onde ir. “Temos um pequeno santuário na Alemanha e levaremos todo o povo ucraniano e todos os seus animais para lá”, pontou.

Refugiados que chegam na Polônia com seus animais não têm bagagem ou dinheiro e precisam de amparo. Ativistas estão montando centros de apoio também. “Muitos tutoresviajam com seus cães e gatos e não têm nada para eles. Eles estão saindo de casa tão rápido. Então, depois do trabalho aqui eu vou ao centro para levar comida para esses animais”, finalizou.

    Você viu?

    Ir para o topo