Depois de serem tratados em Praia Grande, ao menos 11 pinguins foram devolvidos ao mar esta semana. Recuperados e saudáveis, eles foram levados até o Parque Estadual Marinho da Laje de Santos, a 40 quilômetros da costa, para seguirem viagem de volta à Patagônia argentina.
Os animais chegaram nos últimos dois meses na costa da cidade. Desnutridos e feridos, eles foram submetidos ao acompanhamento de biólogos e veterinários da Aiuká, instituto que mantém um centro de referência em tratamento de animais marinhos no Litoral de Sul de São Paulo.
A soltura ocorreu com o apoio da Fundação Florestal do Estado, no entorno da Laje de Santos. O objetivo é que os pinguins sigam rota de volta à Argentina, de onde saíram no início desse ano. Os animais que chegam à costa da Baixada Santista são novos e, portanto, inexperientes.
De acordo com a veterinária Valéria Ruoppolo, diretora da Aiuká, os pinguins são da espécie Magalhães. Ainda no primeiro ano de vida, eles precisam buscar alimento no mar. Por ainda não terem familiaridade, nadam mais que o necessário e chegam ao Brasil.
A maioria chega desnutrido à praia, devido à falta de alimento. “Cada um chega de uma maneira e fica o tempo que for preciso”, explica a médica. No Centro de Reabilitação há instalações que lembram uma Unidade de Tratamento Intenso (UTI) e um centro cirúrgico.
Sem vida
Dos mais de 160 pinguins encontrados na costa das cidades do Litoral Sul nos últimos dois meses, ao menos uma centena já estava sem vida quando chegou à praia, conforme A Tribuna On-line noticiou no último fim de semana.
Há 15 dias, 17 aves foram soltas no mar nas proximidades Laje de Santos. Para as próximas semanas, está programada a soltura de outras duas dezenas de pinguins, que estão em tratamento pela Aiuká, no mesmo local.
Fonte: A Tribuna