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Rebanho morre de fome e sede, em vila portuguesa

2 de setembro de 2011
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Um rebanho de mais de 300 cabras e cabritos foi abandonado numa propriedade da Chamusca, em Portugal. Segundo a agência Lusa, a denúncia é feita pela associação Os Amigos dos Animais e do Ambiente do concelho, que indica que o rebanho morreu de fome e de sede.

A situação já tinha sido denunciada no início de maio por proprietários de terrenos vizinhos, onde também foram encontrados, numa visita ao local, pelo veterinário municipal da Chamusca, Manuel Romão, 15 cadáveres adultos e nove jovens em elevado estado de decomposição.

A denúncia não obteve qualquer resposta, situação que a presidente daquela associação, Anete Ferraz, lamenta.

A dirigente da instituição afirmou só ter tomado conhecimento da situação esta semana, lamentando que as diligências feitas junto da Direcção Regional de Veterinária tenham sido ignoradas, no sentido de colocar os animais sobreviventes num pasto vedado.

O veterinário Manuel Romão afirmou ter pedido autorização para proceder ao enterro dos cadáveres, e disse que comunicou a ocorrência aos serviços do Ministério da Agricultura.

Ao que tudo indica, os dois responsáveis pelo rebanho tinham pedido o terreno emprestado, sem marca oficial de exploração, para colocarem as cabras que ‘adquiriram’ em janeiro, no Alentejo, tendo-se “desentendido” mais tarde, abandonando o rebanho, privando-o “de apoio diário essencial”.

O Ministério da Agricultura afirmou que visitou o local e verificou “que os animais se encontravam em condições razoáveis de conformação física, em local devidamente vedado tendo acesso a zonas cobertas”.

O ministério acrescentou ainda que os tutores do rebanho foram “ouvidos em Auto de Declarações, tendo sido instaurado o respectivo processo contraordenacional”.

“Face à análise da situação e às irregularidades detectadas, foi determinado o massacre compulsivo dos animais em causa, tendo sido encaminhados para serem sacrificados”, informou o ministério em resposta à Lusa.

A presidente dos Os Amigos dos Animais e do Ambiente da Chamusca lamenta que os animais tenham sido mortos, em vez de se ter considerado a possibilidade de os encaminhar para um pasto que disponibilizava.

Com informações da Tvi 24

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