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Razões para uma alimentação vegetariana

11 de junho de 2011
10 min. de leitura
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Miudo Oculos
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São três as principais razões para a alimentação vegetariana. Primeiro, o fato de que a carne não é um bom alimento para o ser humano, implicando em sérios riscos à saúde. Segundo, o consumo de carne significa um enorme desperdício, sendo absolutamente antieconômico (e antiecológico). Terceiro, terríveis sofrimentos são impostos aos animais que são parte deste regime alimentar.

A seguir explicaremos claramente cada um destes aspectos.

Toxinas da carne

Veneno resultantes do metabolismo animal e que ficaram paralisados com a morte desse (dejetos vitais, matérias extrativas, purinas, adenina,creatinina e xantina, que se transformam em ácido úrico) e toxinas resultantes da decomposição cadavérica, microbiana (ptomaínas, leucomaínas).

A carne é um cadáver em princípio de decomposição. No animal recentemente morto é dura. A decomposição cadavérica, acompanhada da
produção de várias toxinas e multiplicação de micróbios, não esquecendo o acréscimo de produtos químicos e conservantes é que a torna macia. Fonte de ácido úrico, oxalatos e outras matérias extrativas que prejudicam o fígado, aumentando o trabalho renal, tendo como  consequência a desassimilação e a fermentação intestinal.

Gautier mostrou, por meio da fístula de Eck, que isto não se dá com a caseína do leite, com o glúten do pão e com a legumina dos legumes. Os ovos e o leite também não têm os dejetos metabólicos nem as toxinas cadavéricas contidas na carne.

A fístula de Eck é um artifício operatório (cuja realização desaprovamos), pelo qual se faz com que, no animal, o sangue intestinal caia diretamente na corrente circulatória ao invés de atravessar primeiramente o fígado. Um cão assim tratado, alimentado de carne, cai em convulsões crônicas e tetânicas e entra em coma, podendo mesmo morrer. Alimentado com pão, leite e sopa de legumes, sobrevive.

Observamos então que o fígado protege o organismo contra a intoxicação cárnea, mas isto não deixa de representar uma sobrecarga de trabalho. Fato semelhante acontece com os rins.

Theoari mostrou que provocando-se lesões renais em cães submetidos a regime vegetariano, eles se curam ou conservam apenas lesões de esclerose, mas morrem rapidamente, com forte albuminúria, se são limentados com carne.

Acidificação

A carne produz ácidos fosfórico, sulfúrico e úrico, causadores de acidificação e  irritações esclerosantes. As proteínas em excesso são acidificantes e mucogênicas.

Desmineralização

Os ácidos produzidos pela carne produzem desmineralização ao serem
neutralizados no organismo.

Excitação

A carne é um excitante muito forte, equiparável ao álcool, devido as
substâncias tóxicas e extrativas dela provenientes. A sensação de
vigor é esgotante, o que faz reclamar mais excitantes (álcool, açúcar,
mais carne etc.).

Existe uma sensação de vigor, devido à excitação que cria um apetite
enganador porque faz repelir os alimentos suaves. Daí a depressão
inicial naqueles que abandonam o uso da carne. Devido ao seu poder
excitante, que faz gastar as reservas vitais, e ao seu poder tóxico, a
carne é um dos fatores da abreviação da vida.

Outras doenças

Apendicite, arteriosclerose, artritismo, eczema, enterite, gastrite,
nefrite, reumatismos, úlcera gástrica e vegetações adenóides e doenças
contagiosas e parasitarias como brucelose, salmoneloses, teníase
(solitária), triquinose e tuberculose.

Devido à incompleta digestão das proteínas, à produção de ácido úrico,
às fermentações intestinais que produzem toxinas prejudiciais e ácidos
(acético, butírico, capróico, oxálico etc.) , gerando acidificação,
ácido úrico, toxinas microbianas e metabólicas, alcalóides etc., temos
como conseqüência a formação ou o agravamento de inúmeras patologias.

Putrefação intestinal

Mesmo cozida, a carne traz toxinas microbianas em grande quantidade.
Além disso, pela sua própria composição, a carne favorece a pululação
microbiana nos intestinos e aumenta a flora putrefativa, em lugar da
flora ácida normal. A média de germens de 65.000 por mm3 de fezes, no
carnívoro, baixa para 2.000 por mm3 no vegetariano. Esses germens
produzem putrefação, extinguem os germens saprófitas benfeitores, daí
a freqüência de apendicite, colite, enterite, entre os carnívoros.

Consumo Antieconônomico

Sob o ponto de vista sócio-econômico, os alimentos de origem vegetal,
principalmente os cereais são a melhor escolha. Um boi necessita de 10
a 15 acres de pasto e produz 120 a 180 kg de carne. O consumidor médio
de carne come 115 kg por ano. Portanto, um acre de terra destinado à
produção de carne alimenta quando muito um décimo de pessoa por ano.

Os cereais são bem mais generosos na sua produção. Por exemplo, 2.500
a 3.500 kg de arroz deve crescer em um acre de terra por ano. Por
isso, um acre de terra destinado ao cultivo de arroz pode alimentar de
30 a 40 pessoas por ano. Isto representa de 100 a 150 vezes o número
de pessoas que viveria melhor se comessem cereais como o alimento
principal. Assim, a quantidade de terra para o pasto necessária para
alimentar uma vaca daria, se transformada em plantio de cereais, para
alimentar 300 pessoas por ano.

Crueldade com os animais

Acreditamos que as citações de grandes pensadores  transcritas abaixo
apresentem de forma clara o significado do holocausto diariamente
imposto a milhares de animais. Sugerimos, entretanto que, na medida do
possível,  o leitor ainda não motivado com a prática vegetariana
procure um abatedor e observe por si próprio o que aqui não
conseguimos transmitir em palavras.

“Quanto mais o homem simplifica a sua alimentação e se afasta do
regime carnívoro, mais sabia é a sua mente.” (George Bernard Shaw)

“Sou um fervoroso seguidor do regime vegetariano. Mais que nada por
razões morais e estéticas. Creio que uma ordem de vida vegetariana,
por seus efeitos físicos, influenciará sobre o temperamento dos homens
de uma maneira tal, que melhorará em muito o destino da humanidade.”
(Albert Einstein)

“Tempo virá em que os seres humanos se contentarão com uma alimentação
vegetariana e julgarão a matança de um animal inocente como hoje se
julga o assassínio de um homem.” (Leonardo Da Vinci)

“Se o homem aspira sinceramente a viver uma vida real, sua primeira
decisão deve ser abster-se de comer carnes e não matar nenhum animal
para comer.” (Leon Tolstoi)

“A carne é o alimento de certos animais. Todavia, nem todos, pois os
cavalos., os bois e os elefantes se alimentam de ervas. Só os que tem
índole bravia e feroz, os tigres e os leões etc. podem saciar-se em
sangue. Que horror é engordar um corpo com outro corpo, viver da morte
dos seres vivos.” (Pitágoras)

“Pudésseis viver do perfume da terra e, como uma planta, nutrir-vos de
luz.” (Gibran Khalil Gibran)

“Feliz seria a terra se todos os seres estivessem unidos pelos laços
da benevolência e só se alimentassem de alimentos sem derrame de
sangue. Os dourados grãos, os reluzentes frutos e as saborosas ervas
que nascem para todos, bastariam para alimentar e dar fartura ao
mundo.” (Gautama Buda)

“Se quisermos nos libertar do sofrimento, não devemos viver do
sofrimento e do assassínio infligidos a outros animais.” (Paul Carton)

“Quando um homem mata um tigre chamam a isso esporte; quando um tigre
mata um homem, chamam a isso ferocidade.” (George Bernard Shaw)

“O homem implora a misericórdia de Deus mas não tem piedade dos
animais, para os quais ele é um deus. Os animais que sacrificais já
vos deram do doce tributo de seu leite, a maciez de sua lã, e
depositaram confiança nas mãos criminosas que os degolam. Ninguém
purifica seu espírito com sangue. Na inocente cabeça do animal, não é
possível colocar o peso de um fio de cabelo das maldades e erros pelos
quais cada um terá de responder.” (Gautama Buda)

“O comer carne é a sobrevivência da maior brutalidade; a mudança para
o vegetarianismo é a primeira mudança natural da iluminação.” (Leon
Tolstoi)

“Que luta pela existência, ou que terrível loucura vos levou a sujar
vossas mãos com sangue – vós, repito, que sois nutridos por todas as
benesses e confortos da vida? Por que vós ultrajais a face da boa
terra, como se ela não fosse capaz de vos nutrir e satisfazer?”
(Plutarco)

“Cada açougueiro, com suas vitimas sangrentas do matadouro é, para
mim, ao mesmo tempo, um horror e um motivo de condenação. Eu estou
convencido que com a cessação deste canibalismo a humanidade
alcançaria uma cultura mais nobre, resolveria muitos dos problemas
sociais com maior segurança e mais facilmente, e também com certeza se
livraria da praga da guerra.” (J. V. Widman)

“O homem incorre numa irresponsabilidade com relação ao sofrimento
derivado do uso de alimentos em cuja composição entra a carne, e que é
inevitável pelo próprio fato de se sustentarem assim da carne dos
animais dotados de sensibilidade. Não são apenas os terrores do
matadouro mas, ainda, os horrores preliminares do transporte em
comboios e em navios, a privação de alimento, a sede, as longas
experiências de terror que estes desgraçados seres tem de sofrer, para
a satisfação do apetite do homem”. (Annie Besant)

“Se disso quereis fazer uma idéia, assisti ao desembarque de um navio
ou caminhão e vereis o medo, o. sofrimento, revelar-se na expressão
destas pobres criaturas que, afinal, são nossos irmãos, embora
inferiores”. (Annie Besant)

“Sustento que não tendes o direito de infligir estes sofrimentos, os
quais são uma dívida contra a humanidade que diminui e retarda em
massa o progresso humano; porque vós não podeis separar-vos assim do
mundo, não podeis isolar-vos e prosseguir a vossa evolução
espezinhando os outros seres. Aqueles que pisais retardam o vosso
próprio adiantamento. O mal que causais é, por assim dizer, a lama que
se agarra aos vossos pés quando vos quiserdes elevar, porque nós
devemos elevar-nos juntos ou cairmos juntos, e o mal que fazemos a
seres sensíveis retarda a nossa evolução humana, e torna mais lentos
os progressos da humanidade para o ideal que ela procura realizar.”
(Annie Besant)

“Aqui, deparamo-nos com uma estreita relação entre a sinceridade e
honestidade de propósito e a saúde. Meu ponto de vista é que é
impossível ter tais qualidades e estar associados com os horrores e
barbaridades dos matadouros e dos caminhos que conduzem
eles.”(Geoffrey Hodson)

“Resulta difícil compreender que alguém possa associar uma conduta
altamente espiritual mantendo seu corpo com os alimentos mais
grosseiros, cada átomo dos quais são puro instinto, não só com as
naturais vibrações do reino animal, senão também com outras não
naturais, devido ao sofrimento físico e emocional, inseparável do
alimento cárneo.” (Geoffrey Hodson)

“É necessário que percebamos que os corpos astrais dos animais e os
seus sistemas nervosos são bastante bem organizados e, portanto, a sua
capacidade de sentir prazer ou dor está bem desenvolvida. Por esta
razão, qualquer ferimento causado no corpo físico é sentido perfeita e
agudamente pelo animal, embora ele possa não ser capaz de expressa bem
as suas sensações. Aqueles que infligem dor aos animais ou são causas
para que dor lhes seja infligida, seja por causa da alimentação ou no
campo dos esportes, deveriam atentar muito bem para este fato: o
sofrimento infligido aos outros retorna, inevitavelmente, ao seu
causador, cedo ou tarde, e a toda abarcante Lei do Carma não cessa de
funcionar no caso daqueles que são ignorantes, ou tentam encontrar
desculpas plausíveis para as suas ações maléficas.” (I. K. Taimni)

“Se as pessoas apenas soubessem que terríveis sofrimentos estão
gerando para elas mesmas por meio de sua rudeza e crueldade para com
os animais, elas ficariam menos inclinadas a evitar estes assuntos
desagradáveis com um mero balançar dos ombros, e a continuar em suas
trajetórias maléficas de uma maneira completamente irresponsável.” (I.
K. Taimni)

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