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PIGMENTO NATURAL

Raro, mas não impossível: cachorro nasce com o pelo verde

A cadela Pitbull nasceu com uma pigmentação verde no pelo - um fenómeno que não prejudica a saúde e que é reversível.

11 de novembro de 2024
Mariana Melo
3 min. de leitura
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Foto: Pets in Town

Depois da notícia da labradora Shamrock, que no início do ano nasceu com o pelo completamente verde, foi agora a vez de Fiona, uma Pitbull, fazer parte deste fenômeno. Os Pitbulls Americanos Pearl e Harley deram as boas vindas à sua ninhada de filhotes no passado domingo, 03 de novembro. Tal como os pais, todos os pequeninos nasceram com o pelo branco, à exceção de um, que é verde.

Annise e Greg, os tutores dos cães Pitbull, revelaram ao canal televisivo Wlox que decidiram “chamar-lhe Fiona, por causa do Shrek”. Além disso, esclareceram ainda que, por terem já dois cães, os filhotes serão adotados por outras famílias.

Sim, os cães também podem ser verdes

Apesar de muito raro, não é impossível. A culpa é da biliverdina, um pigmento presente na bílis, um fluído produzido pelo fígado e armazenado na vesícula biliar, um órgão presente no corpo da maior parte dos animais vertebrados. Animais como os cavalos e os lamas, e até as ratazanas constituem exceções, já que os seus sistemas digestivos não precisam da substância.

A biliverdina é o mesmo pigmento que deixa as nódoas negras verdes. Está presente no mecónio – o nome dado às primeiras fezes de um mamífero – que é constituído por materiais ingeridos enquanto o bebé ainda está no útero; uma destas substâncias é a bílis.

Por vezes, caso a quantidade de mecónio expelida para o saco amniótico seja particularmente alta, o pigmento pode misturar-se com o líquido amniótico, tingindo o pelo do cachorro. Caso o pelo tenha uma cor clara, a pigmentação é notória mesmo após a cria nascer. Uma vez que “cada cachorro está dentro do seu próprio saco dentro do útero”, esta condição não afeta todos os bebés, explica a veterinária Suzanne Cianciulli à CNN.

A pigmentação verde não traz qualquer perigo para a saúde – embora possa trazer alguma fama — e desaparece à medida que os animais crescem.

Fiona não foi a única

Apesar de ser uma situação rara, a Pitbull não foi a única a nascer verde. Em 2017 uma Labradora teve 5 filhotes, 4 machos e uma fêmea – que se distinguiu dos irmãos pela cor do pelo, e que foi por isso batizada de Shamrock (ou trevo, em português). Dois anos depois, em 2019, no meio de nove cachorros da raça Dogue Alemão, um deles nasceu também com a pigmentação verde, o que lhe garantiu o mesmo nome que a Labradora.

No ano seguinte, em 2020, Spelacchia, a cadela de um agricultor italiano, deu à luz uma ninhada de 5 cachorros, um deles verde. Desta vez, o bebê ficou com o nome de Pistacchio.

No mesmo ano, na Carolina do Norte, também uma Pastora Alemã branca chamada Gypsy teve um cachorro tingido de verde, desta vez no meio de 7 irmãos e irmãs. Em 2022 foi a vez da Bulldog Freya, do Canadá, que gestou 9 filhotes, uma delas verde. Os tutores ressaltaram ao New York Post que a cadela nasceu com um saco amniótico preto, enquanto os dos irmãos não tinham cor.

Fonte: Pets in Town

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