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Rara anta albina recebe tratamento em centro de reabilitação no MS

4 de julho de 2011
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Uma rara anta albina virou atração no Centro de Reabilitação de Animais Silvestres (Cras) em Campo Grande (MS). De acordo com o médico veterinário do centro, Álvaro Cavalcante, não se tem registros da existência de nenhum animal como este, sem pigmentação no corpo, em criadouros brasileiros.

De acordo Cavalcante, a anta era criada em uma fazenda do estado onde havia se iniciado um projeto de mantenedor de fauna, isto é, propriedades que são autorizadas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), a criar animais silvestres.

Foto: Felipe Bastos/G1

O veterinário explica que o animal foi comprado com aproximadamente três meses, no Paraguai, e que ficou na propriedade por quase dez anos. Então, o proprietário resolveu vender as terras e levá-la para São Paulo. Porém, o Ibama constatou uma situação irregular: o homem tinha iniciado o projeto, mas não tinha dado a correta continuidade, por isso, em junho de 2010, o animal foi encaminhado ao Cras.

Segundo Cavalcante, pela falta de melanina, o animal recebe uma série de cuidados especiais, como, por exemplo, mudança de recinto devido a insolação, além de banhos com produtos específicos para a sua pele, alimentação regrada e medicação preventiva.

O veterinário revela ainda uma curiosidade sobre o animal. Quando chegou ao Cras, a anta albina veio acompanhada de outras antas, entre elas um filhote. Desde então ela o adotou e cuida até hoje como se fosse seu filhote.

Albinismo

De acordo com o doutor em ecologia, José Milton Longo, o albinismo é um distúrbio genético, proveniente de herança hereditária. A doença ocorre em razão de um defeito na produção de melanina, cuja principal função é a pigmentação e proteção contra os raios solares. Ele explica que a melanina se distribui por todo o corpo e é responsável por dar cor e proteção à pele, cabelos e olhos.

Segundo Longo, o albinismo não se expressa somente em humanos e mamíferos, mas também em aves. “O ser que possui o albinismo terá problemas com a exposição ao sol, pois sem melanina não há bronzeamento, aumentando as chances de queimaduras, fotofobia e câncer de pele”, diz.

José Milton exalta também a importância da criação em cativeiro dos animais albinos. “ Em seu habitat natural, o animal tem muito menos chances e sobrevivência. Além dos problemas com o sol por conta da sua falta de pigmentação, a sua coloração os entrega facilmente, tanto para suas presas , quanto para seus predadores. Ou seja, o tempo de vida de um animal albino com certeza é prolongado em cativeiro”.

Fonte: G1

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