Um filhote de raposa de apenas três meses ficou completamente coberto de betume após cair em um recipiente da substância em uma área industrial e, ao tentar escapar, grudou no asfalto, em um cenário descrito pela equipe de resgate como “um dos casos mais horríveis em mais de 35 anos de trabalho”.
O resgate foi realizado na quinta-feira (22/05) em Londres, Inglaterra, e mobilizou trabalhadores e especialistas em vida selvagem. Funcionários que trabalhavam no local ouviram os guinchos da raposa e, após encontrá-la, usaram óleo de bebê em uma tentativa inicial de libertá-lo enquanto aguardavam a chegada dos socorristas do South Essex Wildlife Hospital.
Quando a equipe do hospital chegou ao local, um veterinário e um socorrista levaram mais de 30 minutos para desgrudar cada uma das patas do filhote do asfalto.
O betume, derivado do petróleo e usado na pavimentação de estradas, cobria grande parte do corpo da pequena raposa, exigindo o uso de mais de 30 frascos de óleo de bebê e até mesmo WD-40, um óleo penetrante mais potente, para dissolver a substância pegajosa. Em algumas áreas, o pelo estava tão embolado que precisou ser cortado.
Apesar do trauma, o filhote já se alimenta e faz suas necessidades normalmente, mas ainda apresenta lesões em uma das patas e está sob observação para detectar possíveis efeitos tóxicos. Sua mãe foi vista tentando resgatá-lo, puxando-o pelo cangote no estacionamento onde ficou preso.
O hospital espera reintegrar o filhote à família em até uma semana, pois após esse período há risco de rejeição. Caso não seja possível, ele será reabilitado junto a outros animais em tratamento e, quando estiver recuperado, devolvido à natureza.