Aracaju também aderiu ao movimento que pede o aumento da pena para crimes cometidos contra animais. Na tarde deste domingo (18), dezenas de pessoas participaram da II Manifestação “Crueldade Nunca Mais”, na cabeceira da ponte de acesso ao bairro Coroa do Meio. O objetivo do ato, que acontece em todo o país e em outros países do mundo, é pedir que as penas para crimes contra animais, do PLS 236/12 (Novo Código Penal), sejam aumentadas de dois para seis anos de prisão. Em Sergipe, de janeiro até agora, 15 animais explorados para tração foram brutalmente assassinados.
Para a presidente da entidade Educação e Legalização Animal (Elan), Nazaré Moraes, os crimes cometidos contra os animais não dão prisão e por isso os agressores não se sentem intimidados. “O grande problema é que no Brasil as penas não dão prisão e mesmo que se chegue ao máximo da pena, que seria de um ano e quatro meses, que é considerada menor teor ofensivo, dá no máximo uma pena alternativa. De janeiro até o momento, 15 animais foram assassinados entre cavalos e jumento, isso sem falar dos animais domésticos. Dentre os crimes está o caso de uma jumenta que foi estuprada e, além disso, atearam fogo. Uma cadela também foi estuprada no Bugio, dentre outros casos de violência contra os animais, que muitas vezes sobrevivem com as sequelas”, lamentou Nazaré.
Impunidade
Nazaré ressaltou ainda, que tanto a impunidade quanto a cultura de utilização de carroças nas vias da capital e até no interior, são fatores que contribuem para a violência contra os animais. “A eu pergunto às autoridades do estado e do município, se os carros têm que atender itens de segurança para que sejam emplacados e possam circular pelas vias, o que uma carroça, que não atende esses requisitos, está fazendo no trânsito? O carroceiro costuma jogar o animal na rua já que geralmente não tem espaço para deixá-lo e acaba indo para as vias, causando a morte do animal e das pessoas envolvidas no acidente”, diz.
Fonte: Infonet