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Quinto beagle encontrado pode não ser do Instituto Royal

2 de novembro de 2013
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Foto: Reprodução
Foto: Reprodução

Mais um cão da raça Beagle foi encontrado na manhã de quinta-feira (31) em São Roque (SP). O animal, que teria sido visto na rua por moradores do bairro Santo Antônio, foi entregue pela polícia à Sociedade Protetora dos Animais de São Roque. Os responsáveis pela organização não governamental (ONG), no entanto, afirmaram que o cachorro, uma fêmea adulta, não possui chip de identificação, o que gera dúvidas se o animal é ou não um dos 178 retirados do Instituto Royal na noite do último dia 18, já que todos esses animais dispunham do dispositivo até o momento em que estavam em posse da empresa.

De acordo com a presidente da Comissão de Defesa Animal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Sorocaba, Ilka Micheletti, as primeiras informações indicavam que a cadela teria sido entregue na delegacia. A versão apresentada por funcionários da Polícia Civil, no entanto, revela que o animal foi encontrado em via pública do bairro Santo Antonio. Os próprios munícipes entraram em contato com a delegacia da cidade, e investigadores foram até o local e resgataram o bicho. Um registro de localização foi elaborado e a beagle foi recolhido pela ONG de São Roque. Sobre as controvérsias apresentadas nos fatos, Ilka acredita que o medo de se identificar levou a pessoa a abandonar o animal. “Esse tipo de atitude não é de ativista, e sim de quem pegou o cão no impulso”.

A responsável pela Sociedade Protetora dos Animais de São Roque, Patrícia Silva Cardoso, informou que o resgate do animal ocorreu por volta das 9h30 e que trata-se de uma fêmea já com certa idade. “As mamas já estão gastas, provavelmente essa cadela já amamentou”, diz. A não existência de chip de identificação no cão chamou a atenção de Patrícia. “O primeiro procedimento que realizamos foi a busca pelo dispositivo e ele não foi encontrado”. Para ela, é possível que o animal não esteja associado à empresa. O Instituto Royal informou, através de sua assessoria de imprensa, que todos os animais retirados do recinto na noite da invasão possuíam chip, mas que não pode-se afirmar se o animal é ou não um dos 178 levados por ativistas, já que existe a possibilidade de o dispositivo ser removido.

Patrícia conta que, por motivo de segurança, a localização da beagle recolhida nesta quinta-feira (31) não será revelada. “Estamos guardando e aguardando”, afirma ela. O destino do animal depende do resultado das investigações do Ministério Público e, por enquanto, ele não está disponível para adoção e também não será devolvido ao instituto. A responsável ressalta apenas que a cadela permanece isolada dos demais animais da ONG. Esse é segundo cão da raça entregue à associação – no último dia 23, um beagle abandonado foi encontrado por um morador no bairro Marmeleiro, e após ser recolhido pela polícia, foi entregue à ONG pelo Centro de Controle de Zoonoses. Esse animal, no entanto, possuía o chip de identificação e sua localização também não foi divulgada. Caso seja confirmado que a cadela encontrada ontem era utilizada para testes, este será o quinto animal localizado dos 178 retirados do instituto.

Desde o dia 29, devido a uma parceria entre a Comissão de Proteção aos Animais da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) Sorocaba e a Polícia Civil,os cães da raça Beagle devolvidos à polícia não estão sendo entregues ao Instituto Royal e sim à ONGs. Para devolver o cão, a pessoa deverá entrar em contato com a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e agendar um horário para a entrega. Um membro da comissão da OAB deverá estar presente no momento da devolução, já que esta será a responsável por encaminhar o animal a uma das ONGs, assinando um termo de responsável depositário. Ilka Micheletti ressalta que não se trata de uma convocação para que todos devolvam os bichos, e sim aqueles que não tiverem condições de cuidar do cão.

Fonte: Cruzeiro do Sul

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