Em 2017, o Quênia proibiu completamente a produção, venda ou uso de sacos plásticos, com multas rígidas para aqueles que não cumpriram a norma.
A decisão foi comemorada como uma das medidas mais ousadas e determinadas do mundo para combater a poluição plástica. O país deu mais um passo em direção a um futuro sem plástico e decidiu apostar em uma nova técnica para acabar com os sacos plásticos no setor florestal.
O morador de Nairóbi, Teddy Kinyanjui, foi pioneiro na nova técnica para o método de reflorestamento, que envolve a utilização de esferas de sementes pequenas e portáteis ao invés de sacos plásticos.
Kinyanjui, fundador da Cookswell Jikos Limited – uma companhia que comercializa fogões alimentados por fontes de energia renováveis – acredita que as sementes podem crescer e dissipar mudas mais facilmente do que sacolas de plástico.
Ele explicou que, quando as mudas de árvores são cultivadas nas sacolas, as raízes são espremidas, o que reduz sua capacidade de crescimento. O novo método permite a rápida adaptação das raízes ao novo ambiente, com um mínimo de perturbação do crescimento.
Para expandir a inovação em todo o país, Kinyanjui se associou ao Kenya Forestry Research Institute (KEFRI), que oferece certificação oficial para sementes, reportou o One Green Planet.
Até à data, cerca de um milhão de sementes, de uma grande variedade de diferentes espécies de árvores indígenas, foram disseminadas por todo o país com a nova técnica de Kinyanjui. A taxa de germinação das sementes é de cerca de 60%. Por meio de novas parcerias com comunidades locais, Kinyanjui espera atingir mais regiões do país.
“As pessoas utilizam carvão diariamente, necessitando mais árvores. As mudanças climáticas também geraram conflitos comunitários, especialmente entre os pastores no norte do Quênia, que lutam por pastagens para seus animais. Uma boa administração ambiental é, portanto, essencial para a paz entre essas comunidades”, disse ele.