Por Karina Ramos (da Redação)
Grupos conservacionistas do Quênia dedicaram-se a construir uma passagem subterrânea para elefantes, como parte de um corredor de vida selvagem de 14 Km de comprimento, segundo informou a Animal Concerns.
O projeto avaliado em 1 milhão de dólares, apoiado pela “The Nature Conservancy” e pelo fundador da Virgin Group, Richard Branson, obteve sucesso ao conectar duas áreas selvagens e duas populações distintas de elefantes que estavam separadas há anos devido ao desenvolvimento humano. “Os elefantes conseguiram atravessar uma grande estrada sem por suas próprias vidas e a de motoristas em risco, sem danificar plantações e sem assustar moradores da uma vila nas redondezas.
Conflitos entre humanos e o restante dos animais estão em alta na Ásia e na África, à medida que áreas selvagens são convertidas para uso da agricultura e que assentamentos humanos invadem os habitats dos animais. Um total de 7000 elefantes das terras altas do Monte Quênia e das áreas mais planas ao redor irão se beneficiar do corredor, que também permitirá que os animais possam procurar comida e parceiros em segurança.
“Por toda a África a vida selvagem está sendo cada vez mais fragmentada devido ao crescimento da população humana. Se quisermos que esta vida selvagem sobreviva, devemos encontrar soluções dessa maneira, como a conectividade preservada através de corredores”, disse Iain Douglas- Hamilton, fundador da “Save The Elephants”, que liderou o projeto juntamente com o “Mount Kenya Trust”.
Atualmente comuns, os corredores de vida selvagem foram primeiramente construídos em 1950, na França, um modelo que a revista de voo da Air France divulgou enquanto escrevia sobre o projeto do Quênia neste mês. Enquanto em alguns casos pode ser desafiador fazer os animais usarem os corredores, especialistas disseram que para os elefantes africanos isso não foi um problema.
“Elefantes são animais incrivelmente inteligentes e têm noção do perigo”, disse Susie Weeks, do Mount Kenya Trust, ao jornal Daily Nation. “Eles começaram a usar o corredor e a passagem subterrânea assim que perceberam que dava segurança para eles”.