Nenhuma causa pode crescer ou mesmo funcionar, se seus membros não se responsabilizarem por ela. Não existe chance de construir um novo tempo para os animais se continuarem explorando suas misérias, sofrimento e dor.
Atualmente tenho tido enorme dificuldade para convencer os meus contatos, principalmente os que atuam junto a imprensa, que existe uma enorme diferença entre os verdadeiros protetores dos animais e os que tentam se utilizar desta causa para obter lucros e oportunidades, destacando aqui também os interesses ocultos.
Todas as vezes que alguém generaliza, alegando que os defensores dos animais tem demonstrado um perfil muito violento e desequilibrado, eu busco esclarecer, embora na maioria das vezes sem sucesso, que o termo utilizado por eles – “defensores de animais” – a meu ver, não cabe ser usado para fazer referência às pessoas que se infiltraram na causa unicamente para semear a discórdia, a desunião, a mesquinhez, a inveja, a calúnia, etc.
São indíviduos que por não terem competencia para construir algo de proveitoso para a sociedade, resolveram atacar os bem intencionados, os que realmente se esforçam para construir um um mundo melhor para que os seres humanos e os animais vivam em harmonia.
Eu me senti no dever de criar um termo que pudesse rotular este tipo de indíviduos e, de repente, me veio à mente o termo Zooportunista – libertando assim, os verdadeiros protetores da “cruz” que é ser confundido com os que atuam como verdadeiras “pragas sociais” dentro do universo da defesa de seres tão especiais: os animais.
O perfil do Zooportunista:
1. Prepotente: Não respeita as pessoas e nem o direito de expressão.Transmite um forte senso de desunião através da enganação. Age como manipulador de forma adjetiva e não substantiva.
2.Egoísta: É incapaz de dar um conselho ou instruir alguém. Não ouve ninguém que possa discordar de suas posições.
3. Não usa a capacidade intelectual: Só emite opiniões infundadas. Comunica-se de um jeito que tenta forçar os demais a aceitarem suas imposições e, se for preciso, utilizam os meios mais baixos e sórdidos, como reações agressivas e a impulsividade.
4. Covarde: Agem normalmente no anomimato e se apresentam como vítimas se suas tentativas de enganar ou violentar o direito das outras pessoas forem descobertas.
5. Inseguro: Não sabem assumir compromissos. Não assumem seus atos nem aceitam a responsabilidade de seus erros. Se sentem acima do bem e do mal.
6. Omisso: Não consegue lidar com a busca da solução de um problema, principalmente se isto lhe acarretar algum tipo de prejuízo pessoal. Aceita fazer “acordões” e “abafões”. Se utiliza de fatos onde os animais foram expostos a dor ou tiveram seus direitos desrespeitados para aparecer na mídia como “salvador da pátria”, mas não faze nada efetivo para beneficiar os animais, a não ser o tradicional “Oba,Oba”, que acaba confundindo a opinião pública.
7. Imoral: Não tem interesse em fazer o que é moral e eticamente correto. Só quer saber de obter os privilégios. Defende a impunidade e não defende o que é justo , mas o que é mais vantojoso.
8 – Falso: Só tem como objetivo passar por cima dos outros, faz plágio de ideias e difama as iniciativas bem sucedidas. Aceita pacificamente que algumas pessoas pratiquem atos que prejudicarão a ideologia. Estimula as ações dos invejosos e dos mal intencionados, desde que lucre com isto.
9. Interesseiro: Se aproxima das pessoas bem intencionadas para tentar conseguir algum benefício para si e, sem ética alguma, busca criar meios de levar vantagens sozinho, comprometendo a credibilidade de quem lhe abriu as portas. Mas sua meta é conquistar tudo para si e, se possível, excluir a outra parte para justificar sua incompetência. Só tem companheiros, é incapaz de fazer amizades sinceras. É como as plantas parasitas que abraçam o tronco de uma árvore para melhor aproveitar e consumir.
10. Materialista: Enxerga na causa dos animais uma maneira de conseguir ganhar dinheiro fácil, promoção pessoal, etc.Por isso, se envolve em manifestações vazias mas que conseguem chamar a atenção da imprensa, mesmo que isso faça denegrir a imagem dos verdadeiros protetores e a ideologia.
Feita esta análise, a partir de agora, poderemos citar a existência de dois grupos diferentes atuando na Causa Animal: os verdadeiros protetores e os Zooportunistas. Cabe a nós impedir que eles se transformem em uma ” febre” e contaminem mais pessoas.
Fonte: Direito Animal