Por Jamila Grecco
A queimada, apesar de ser uma prática atrasada da agricultura, tem aumentado a cada dia e isso tem causado um grande impacto ecológico e social.
As queimadas existem em todas as partes do Brasil, mas acontecem com maior frequência em regiões rodeadas por fazendas e sítios. Apesar de ser um método atrasado no meio da agricultura, os pequenos agricultores, para resolver problemas como pragas e doenças, e preparação do solo para a plantação, acabam colocando fogo em suas áreas. E isso tem afetado a biodiversidade, além de espantar os animais de seu habitat natural, levando-os a procurar a área urbana.
Apesar de comum as queimadas são consideradas crime ambiental, sendo que regida pela Lei nº 9605/98, no artigo 41, em que diz: “Provocar incêndio em mata ou floresta: Pena – reclusão, de dois a quatro anos, e multa”.
“O impacto das queimadas é preocupante, pois prejudica a fertilidade do solo e danifica a biodiversidade. Também há produção de gases nocivos à saúde humana e diminuição da visibilidade atmosférica, que pode causar acidentes em estradas, além de interferir na qualidade do ar”, explica o tenente da Polícia Militar, Carlos Roberto Klemp.
No município de Cravinhos em menos de um mês dois animais silvestres foram avistados no período urbano. O primeiro foi uma gazela que apareceu no Cemitério Municipal e o segundo foi uma capivara, nas margens do córrego Ribeirão Preto, nas proximidades da Rua XV de Novembro, a mais movimentada da cidade.
“Animais como os cervídeos (veados), são tímidos e assustados mesmo se fornecido algum alimento ele pode não se alimentar, já as capivaras são roedores herbívoros e comem brotos de cana e capim e se alimentariam facilmente se fornecido o alimento, porém o correto é pedir auxílio e não alimentar esses animais”, afirma o biólogo Pedro Pizzi.
Com a retirada da mata onde viviam alguns animais buscam refúgio em canaviais, porém esses “esconderijos” são provisórios, pois quando a cana é queimada ou mesmo cortada com máquinas, esses animais, assustados, fogem para outros lugares e se houver alguma cidade por perto eles entram para poder se abrigar.
“Quando se deparar com animais silvestres, de grande e médio porte, como o caso do veado e da capivara deve-se comunicar imediatamente o Corpo de Bombeiros, através do telefone 193. É importante não chegar perto destes animais, um veado mesmo de tamanho pequeno pode machucar um ser humano adulto”, orienta o biólogo.
O Tenente da Polícia Militar, Carlos Klemp, diz que quando alguém se deparar com algum incêndio em área florestal deve comunicar imediatamente a Polícia Ambiental, que atende pelos telefones (16) 3931 1070 ou 3632 2724 ou ainda a Polícia Militar pelo 190.
Fonte: A Tribuna