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Queimadas fazem animais fugirem para grandes cidades em SP

28 de julho de 2010
2 min. de leitura
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O número de focos de incêndio no interior de São Paulo aumenta com o tempo seco e prejudica não só a vegetação e a saúde das pessoas, mas também os animais. Para fugir do fogo e sem local para viver, eles acabam aparecendo nas grandes cidades.

Entre janeiro e junho deste ano, houve um aumento de 170% nos focos de incêndio na região de Jundiaí, a 58 km de São Paulo, em relação ao mesmo período do ano passado. São em média sete ocorrências por dia.

O Corpo de Bombeiros e a Guarda Municipal estão em alerta. Terrenos baldios, matas e áreas próximas às rodovias estão queimando. “É jogar uma ponta de cigarro na beira da estrada. Com a estiagem, a mata fica bem seca. É bem fácil o início do incêndio”, explica o Tenente Alan Muniz, do Corpo de Bombeiros.

O fogo atinge a vegetação da Mata Atlântica. Muitos animais não conseguem escapar. Os bichos que ficam feridos são recolhidos por uma ONG. Eles chegam ao local com problemas respiratórios e muitas queimaduras, como é o caso de um jabuti que teve ferimentos no casco.

O animal está há duas semanas sob cuidados especiais. “Ele vai ficar bom. Aparentemente, ele está bom. pode ter atingido algum órgão interno. Por isso, ele tem que ficar em mais tempo de observação para mostrar esse quadro para a gente”, aponta o biólogo Jairo Pereira.

A mãe dos filhotes de coruja morreu no incêndio. Indefesos, precisam de cuidados, antes de serem soltos na natureza. Um filhote de veado também ficou órfão durante uma queimada. Estava estressado. Agora, recebe alimentação na mamadeira.

Para fugir da fumaça e do fogo, o logo-guará foi parar em uma avenida movimentada no Centro de Jundiaí. Depois de capturado e alimentado, foi levado de volta para a casa, na Serra do Japi, uma área de proteção permanente. A jaula é aberta, o bicho corre e nem olha para trás.

Como o lobo-guará, muitos desses animais que são ameaçados pelas queimadas são de espécies que estão à beira da extinção. No oeste de São Paulo, por exemplo, são comuns os casos de onças que morrem por causa das queimadas.

Fonte: G1


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