(da Redação)
Quatro defensores de animais foram presos porque teriam escrito slogans políticos numa rua, utilizando giz. As informações são do site Green is the New Red.
Os quatro ativistas foram presos em Beaverton, no estado norte-americano de Oregon. São acusados de assédio e crimes similares à perturbação da ordem. A ação era parte da campanha “No New Animal Lab”, que pretende impedir a construção de novos laboratórios subterrâneos para testes em animais, a pedido da Universidade de Washington.
Defensores de animais vêm criticando a empreiteira que foi contratada para construir o novo laboratório, Skanska. Chegaram a se manifestar em frente à casa do chefe de operações regional da empresa, David Schmidt, que assinou o contrato para construção do laboratório. Ativistas foram até o bairro onde Schmidt mora, onde entoaram palavras de ordem.
Na ação, os ativistas usaram giz de quadro negro para escrever numa calçada e na via pública. As frases incluíam “Não ao novo laboratório” e “Salvem os animais”. Na noite de 22 de julho, ocasião em que foram presos, os quatro ativistas não estavam cantando palavras de ordem e nem protestando em voz alta.
Os quatro defensores de animais pediram para não ser identificados e contam que, quando a polícia chegou, não fez nenhuma pergunta ou abordagem, ordenando imediatamente que não se movessem e informando que os quatro estavam sendo detidos. Os ativistas foram então transportados separadamente para a delegacia.
A advogada Lauren Regan, do Civil Liberties Defense Center, está representando os ativistas detidos e afirma que escrever palavras de ordem é uma prática claramente protegida pela Primeira Emenda da Constituição norte-americana. “A polícia tem o dever de garantir o cumprimento dos direitos constitucionais de todos os cidadãos. Não deve se limitar a fazer a vontade das grandes corporações que querem silenciar seus críticos. Nesse caso, a polícia parece estar violando claramente os direitos garantidos pela Primeira Emenda, os quais inquestionavelmente incluem escrever com giz em uma calçada.”
A detenção dos quatro ativistas vem acompanhada de vários outros esforços por parte da empreiteira Skanska para reprimir os protestos. Em Seattle, a empresa obteve ordens judiciais contra os ativistas, proibindo-os de protestar contra os executivos da empresa.
Uma audiência acontecerá no dia 4 de agosto. Enquanto isso, a campanha contra Skanska continua, com uma segunda marcha planejada para o dia 2 de outubro, na Universidade de Washington.