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Quarenta baleias-francas são vistas entre Florianópolis (SC) e Torres (RS)

6 de agosto de 2013
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Das 40 baleias da espécie avistadas, 15 eram filhotes, número que é considerado dentro da média para o período. (Foto: Paulo Flores / CMA-ICMBio)
Das 40 baleias da espécie avistadas, 15 eram filhotes, número que é considerado dentro da média para o período. (Foto: Paulo Flores / CMA-ICMBio)

Quarenta baleias-francas foram avistadas durante o primeiro sobrevoo de monitoramento da espécie realizado na sexta-feira, dia 2 de agosto, pelo Projeto Baleia Franca (PBF). Foram percorridos cerca de 200 km entre o litoral catarinense e gaúcho, área que compreende o sul de Florianópolis a Torres, município já localizado no Rio Grande do Sul. O projeto tem apoio da Santos Brasil, empresa de operação de contêineres.

Das 40 baleias da espécie avistadas, 15 eram filhotes, número que é considerado dentro da média para o período. O litoral de Santa Catarina é considerado berçário natural da espécie, que procura as águas calmas e com temperaturas amenas da região não apenas para ter seus filhotes e amamentá-los, como também para a reprodução.

Maior concentração das baleias está em Imbituba

Segundo a coordenadora do PBF, Dra. Karina Groch, a maior concentração de baleias estava em Imbituba, entre as praias de Ibiraquera e Porto, onde 12 baleias foram avistadas. Entre as visualizadas pela equipe, foram identificadas algumas baleias conhecidas, que estão entre as catalogadas pelo Projeto ao longo dos 30 anos de pesquisas.

Registro da baleia chamada de "JDot". (Foto: Paulo Flores/CMA-ICMBio)
Registro da baleia chamada de “JDot”. (Foto: Paulo Flores/CMA-ICMBio)

Uma das que mais chamou atenção foi a “JDot”. Esta baleia, segundo a pesquisadora, recebeu este nome por causa de uma manchinha branca que tem no dorso, em formato da letra “J” com um ponto “.” .

— JDot está com o sétimo filhote nascido em águas brasileiras. Ela foi identificada pela primeira vez na Península Valdés, Argentina, há 40 anos — ressalta a pesquisadora.

A equipe também avistou a baleia que foi vista há cerca de uma semana com um pedaço de rede de pesca na cabeça. A baleia estava acompanhada pelo filhote, porém já livre do artefato utilizado para pesca, e em boas condições de saúde.

O analista ambiental do Centro Mamíferos Aquáticos/ICMBio, Paulo Flores, integrante da equipe de sobrevoo, aponta que a avistagem de baleias como a JDot proporciona o registro de longevidade e taxa reprodutiva das baleias francas, sendo uma baleia com importante contribuição para manutenção da recuperação populacional da espécie no Atlântico Sul Ocidental.

Fontes ressaltam que, embora o enredamento de baleias seja preocupante, o sobrevoo permite o monitoramento dos animais enredados.

O sobrevoo faz parte do Programa de Monitoramento das Baleias Francas no Porto de Imbituba e Adjacências. É realizado com o objetivo de analisar a dinâmica populacional das baleias francas na região, através do censo e fotoidentificação dos indivíduos avistados. O Programa é co-executado pela Área de Proteção Ambiental (APA) da Baleia Franca e pelo Centro Mamíferos Aquáticos do ICMBio.

Fonte: Diário Catarinense

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